um pequeno pensamento

só para partilhar uma resposta pessoal ao assunto debatido nesta partilha de Facebook > https://www.facebook.com/pedromiguelfilipe/posts/194240597346360

"A ideia de que trabalhar que nem um cão a vida inteira é o pathos de um índivíduo rico é de uma ingenuidade e de uma mundividência tão idológica e programática...


A observação da realidade mostra-nos que nenhum rico deve a sua fortuna ao trabalho canino e constante, mas sim a diversos tipos de factores mais e menos honestos, mas que passam sempre pela criação de valor graças à colaboração e trabalho de muitas outras pessoas quer seja em regime realmente colaborativo ou em condições exploratórias.

Uma análise ainda mais aturada de dados concretos em termos de rácio colaboração/repartição de lucros permitir-te-ia perceber que a esmagadora maioria dos "ricos" (os verdadeiramente milionários ou bilionários) o é pois não distribuiu justamente o lucro das suas empresas pelos restantes intervenientes.

E nem vale a pena falar das fortunas construidas com mecanismos ficanceiro/bancários, através do expediente da usura e expoliação de patrimónios privados ou sociais...

Quando muito os ricos devem pagar exactamente a mesma carga fiscal que todos os outros membros da sociedade, se não mais, de forma a regular as acumulações indevidas."

1 comentário:

  1. Eu sou da opinião que a carga fiscal deve ter a mesma percentagem para todos os membros da sociedade independentemente do seu estatuto social. Essa percentagem deve ser definida tendo em conta os efeitos que uma carga fiscal dessa ordem teria na vida dos cidadãos que têm menor poder de compra. Por exemplo, tirar 25% a quem ganha 500€ por mês é muito diferente de tirar 25% de quem ganha 5000€ por mês. No primeiro caso sobrariam 375€ para as restantes contas a pagar e no segundo caso sobrariam 3750€ para pagar as contas.
    Acima de tudo os impostos devem ser justos para todos e iguais para todos porque todos utilizamos os serviços do estado da mesma forma. Podem existir alguma diferenças menos legais mas numa sociedade perfeita deviria ser da mesma forma.

    Agora, um individuo que tenha feito uma fortuna por métodos ilegais deve ser investigado pela entidades legais e, caso seja acusado, deverá repor o dinheiro "roubado". Caso não se consiga identificar a fonte inicial do dinheiro, esse dinheiro deverá ser aplicado em obras/produtos/serviços sociais.
    A carga fiscal não tem a função de olhar à legalidade da acções dos membros da sociedade nem ao dinheiro que têm guardado. Quando um estado utiliza esta carga para ir buscar uns euros extra ao mais ricos está a ser tão injusto "fiscalmente" como se o tivesse a fazer a um pobre, independente da capacidade do individuo em viver com o dinheiro restante.

    Bons trabalhos Tiago.

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