lição de guitarra 01

Ainda me lembro da altura em que comecei a aprender a tocar, o completo vazio de fontes acessiveis, para realmente aprender qualquer coisa de jeito, não que não haja lições online mas todos se esquecem que quando não se sabe nada, tudo tem de ser explicado...

Por isso vou começar a postar pequenas lições, daquilo que acho que se devia saber para poder começar a tocar, a começar pelo mais básico. Eu sei que o pessoal quer é tocar a sua música favorita logo, mas não é toda a gente que lá chega assim sem mais nem menos...

Como já deves ter percebido a guitarra tem seis cordas (sim se falta uma vai compra-la calão!), que se contam a partir de baixo, (com a guitarra no colo). Sabendo isto convém saberes as notas! As notas das cordas soltas não são, como mta gente pensa ao inicio, equivalentes ao Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e teem uma nomenclatura própria. Assim contando de baixo:

1ª corda = e = mi (agudo)
2ª corda = B = si
3ª corda = G = sol
4ª corda = D = ré
5ª corda = A = lá
6ª corda = E = mi (grave)

Isto não vai fazer sentido para já mas explico a seguir, devem saber que a 1ª corda é a mais aguda (com som mais estridente ou fino) e a 6ª é a mais grave (mais grosso ou pesado), a sexta corda equivale mais ou menos à primeira de um baixo ou contrabaixo só para terem uma ideia. Assim nesta nomenclatura o dó, ré, mi, traduz-se assim:

C = dó
D = ré
E = mi
F = fá
G = sol
A = lá

Isto é aquilo a que chamamos escala de notas...

Agora vou explicar como funciona uma tablatura que é o meio normal de escrever musicas em guitarra. Temos 6 letras que corresponde às cordas a contar de baixo, os números apresentados correspondem ao traste que teem de barrar (meter o dedo), cada traste está dividido por duas barras metálicas (certas guitarras teem bolas pr indicar os trastes mais usados em acordes, como por exemplo o 3º, o 5º, o 7º, o 9º, depois saltamos para o 12º e por ai adiante...) e devem pressionar a corda de forma à nota sair limpa (nem demais nem a menos senão o som sai mal, mas isso percebe-se logo). Assim temos dois exemplos de escalas de Dó, Ré, Mi no braço da guitarra:

e|--------1-3-5-7-|
B|-1-3-5----------|
G|----------------|
D|----------------|
A|----------------|
E|----------------|

e|---------------------|
B|---------------------|
G|--------------2-4-5-|
D|-------2-3-5--------|
A|-3-5- ---------------|
E|---------------------|

Tomem atenção, a tablatura indica a ordem na qual as cordas devem ser pressionadas! Cada tracinho corresponde a um seguimento de tempo, assim na 1ª diz que devem tocar a 2ª corda no 1º traste, no 3º e no 5º e depois passar à 1ª corda e tocar o 1º, o 3º, o 5º e o 7º...

Axo que chega por hoje, leiam e releiam até perceberem, porque a próxima lição vai complicar mais um pouco, qualquer dúvida mandem um mail! :D Fikem bem!

1 só voz

Em jeito de homenagem ao Rodrigo (ex x-acto), que já não está cá para ajudar a mandar esta merda para a frente, este é o meu grito de protesto contra o estado da música em Portugal!

A começar pela merda do estado que em vez de fazer como se faz em mtos paises da Europa civilizada, e dar apoio às novas bandas, o novo joio que está a nascer para se juntar ao trigo que já temos de artistas reconhecidos internacionalmente, pura e simplesmente dificulta a vida de todos os que tentam ganhar a vida da música neste país, com a merda de 19% de IVA nos cd's de música! É ridiculo, pensar que se compramos um cd a 10 euros kuase 2 euros vão para o estado, que outros 4 ou 5 vão para as editoras, estúdios de gravação e intermediários e que a banda ou o artista em si só vai ganhar menos de metade do valor do seu trabalho e muito desse dinheiro só vai servir para cobrir as despesas com ensaios, instrumentos, formação musical etc... isto é, se chegar para cobrir as despesas =X

"ah mas meu amigo a arte é sofrimento", pois, então quando comerçarmos a poder comprar uma boa guitarra por menos de 25 cts, um bom amplificador por menos de 20 uma boa bateria por menos de 50, um bom estúdio por menos de 15 euros mensais e entre muitas outras despesas, ai não me importo de passar fome e frio para fazer a minha música. A questão é que a música se tornou um negócio e quem a faz é quem saiu a lucrar menos com isso. É por isso que defendo a internet e os downloads como a única maneira de trazer o poder às mãos de quem nunca o devia ter perdido.

Vamos a ser lúcidos, para o artista o qué rende mais dinheiro não é o album, mas sim os concertos que vai dando (nem vamos falar das condições para isso cá em Portugal) e se uma grande quantidade de pessoas ouvir a música em mp3 e gostar, é uma grande quantidade de possivel audiências para cada um dos poucos espetáculo que vai conseguindo amealhar. É por isso que mais vale não comprarem um album e irem a um concerto...

É só isso, façam publicidade aos amigos, troquem os mp3, divulguem os concertos, não precisam de comprar o album na fnac e semelhantes (embora possam compra-lo directamente a quem o fez assim como o merchandise que é outra fonte de rendimento das bandas), basta unirem-se, protestarem e gritarem com uma só voz!

em dias como estes

tanta coisa mudou na minha vida e em mim, que é quase surreal ler aquilo que escrevi há apenas alguns meses atrás (isto é para mim que me conheço, supostamente), já havia atingido um tal desprezo pela vida que nada que acontecesse me parecia acontecimento suficiente sequer para a minha lembrança, quanto mais para estar a partilhá-lo com os outros. Para quem lhe interessa-se saber o que se passava comigo só tinha a filtrada linguagem das tentativas de arte que eu postava com regularidade no meu tão grato espaço na deviant art e os pequenos journals mais sobre o dia a dia de criação (isto se formos acreditar que havia realmente alguém interessado, porque se havia, esqueceu-se de dizer na altura certa).

finalmente sei que não estou completamente sozinho e que tenho alguem (que dentro dos limites do humanente possível) olha por mim e se preocupa com o que eu sinto, faço ou digo.

alguém que em tão pouco tempo e com tantas experiências diferentes entrou no meu coração e no meu dia-a-dia, que se torna difícil conceber a minha vida antes do momento em que a centelha se acendeu. Desde esse dia teêm queimado todas as memórias que há tanto devia ter esquecido, todas as mágoas, todos os ódios, hoje não são mais que ideias interessantes para combustível de poesia e música. Toda a emoção negativa torna-se numa positiva melodia quer na forma de palavaras, quer numa sequência emotiva de notas, acordes e compassos, organizados e escritos com uma guitarra no colo, sem intenções, só vontade...

e é em dias como este que me lembro do que a minha vida era sem ti, com a chuva que agora só molha o corpo, porque na minha mente tenho o teu abraço, mesmo triste, sinto que não está nada errado. E é um dia que vai passar... apenas tenho de esperar pela primavera do teu beijo que virá, mais dia menos dia, com o nascer das flores que me cheiram apenas ao teu cabelo que solto envolve a minha mão, num sofrêgo desejo de sentir de novo uma vida que só acontece quando aqui estás.

em português porque já não há pachorra

finalmente cedi à tentação que vinha a crescer de escrever um blog em português da pátria, com todas as ramificações inconvenientes (ou não) que isto vai trazer, já não há senãos para escrever tudo aquilo que me apetecer, por muito pessoal ou desinteressante que seja e deixa de haver qualquer regra para temas e assuntos de post