design for life













Há uns dias apanhei o post de um amigo do Facebook, sobre um reality show chamado Design for Life com o Starck. Já tinha há uns meses lido numa revista qualquer que a BBC o estava a fazer mas como não sou fã deste tipo de TV baseada em concursos voyeuristicos (sou fã de muito pouca TV na realidade), não dei muita importância na altura.

Mas depois de ver os 6 episódios, concisos e objectivos fiquei com uma boa impressão da coisa enquanto peça de entretenimento com algum teor pedagógico. Esperava mais, principalmente com todo o hype à volta da personagem, da qualidade dos designers concorrentes mas compreendo que bons designers não queiram fazer parte de um reality show e que um estágio (pago? com ajudas de custo?) mesmo com o beneficio da fama e da experiência do atelier em questão, seja alvo de enorme cobiça.

Será que eu participaria nisto caso tivesse sido aberto a pessoas fora do Reino Unido? Provavelmente não por vários motivos e não só pelo formato "big brother", mas também porque não ambiciono ser estrela de design e não é por acaso que me aguentei em Portugal mesmo depois do horrível ano que se passou a nível profissional. O design não é a minha vida e embora seja uma paixão, é o meu oficio e não o resumo do meu dia-a-dia e das minhas relações.

Bem, vamos ser frontais e dizer que seria incapaz de passar mais que uma semana longe da minha Silvana LOL

Mas eventualmente se tivesse estado neste grupo, ponho as mãos no fogo como teria o mesmo destino do Nebil Avas, que foi expulso por ser demasiado inteligente... não que eu fosse tão imodesto e até petulante com os colegas como ele foi (e a parte de eu ser inteligente também pode suscitar dúvidas), mas porque tal como o dele, o meu ego entraria em confronto com o ego gigante do Starck. Ninguém quer um estagiário com tanto ego como o director criativo!

É engraçado como ao ver o programa, me recordei do meu curso de Design de Equipamento, até tive briefings praticamente iguais e também ouvi a mesma queixa da preguicite, principalmente de parte da prof. Ana Lia a quem dou a mão à palmatória pela paciência que teve de ter, embora com a diferença que estes meninos tinham de manhã à noite para trabalhar e nem tinham distracções de dia-a-dia e que nós enquanto alunos tínhamos mais 7 ou 8 cadeiras para frequentar e trabalhar.

Podia perder aqui uns parágrafos a comentar certas coisas, como designers que não sabem fazer desenhos técnicos, os clichés conceptuais, a falta de originalidade, a forma como teria respondido a alguns dos problemas (sou profissional em ajudar a resolver os dos outros, os meus é que é mais complicado!), a conversa da tanga para justificar além do necessário (ou bullshit como bem se resume no episódio 5), mas seria fazer o mesmo que as pessoas que comentam os Ídolos ou outro reality show, desprovido de interesse e sentido.

Apenas deixo o aviso para os leigos que aquilo que vêm neste programa não é a realidade concreta do designer profissional e competente, que apesar de não ser obrigado a saber fazer tudo, não precisa de um objecto acabado para se "revelar".

E apesar de tudo, a vencedora com base no produto final mereceu bem e já está nos seus 6 meses para aprender o resto. A nível de design havia outras pessoas que gostava de ter visto a fazerem algo concreto mas o concurso era sobre e para o Starck e isso ficou claro.

Era giro vermos o mesmo modelo com outros designers mais, mais... coerentes digamos. Se calhar se fosse o Lovegrove ou o Behar até eu poderia mudar de posição...

A verdade é que fiquei com o bichinho do design industrial a remoer, vou tentar deitar cá para fora algum dos projectos que tenho a germinar porque de facto há mais de um ano que não mostro nada novo nesta área. 2010 vem ai para mudar esta e outras coisas e só espero que seja um bom catalisador para vocês também!

Sites de alguns dos concorrentes:
trevorbrinkman.com
rethinkthings.co.uk
nebilavas.com
jamesmgdesign.com
anamariadesign.co.uk
jessicaviana.co.uk
robertmeredith.wordpress.com
robrichdesign.co.uk

bom natal ;)




Pois é, não podia deixar de vos desejar um bom natal e um 2010 180º ao contrário de 2009 (a não ser que tenha sido bom).

Depois do meu 2009 que os mais atentos ao blog conhecem, finalmente posso remeter-vos o desejo dentro de um grupo de trabalho, pela voz da Ray Gun!

Vejam o postal em:
http://xmas.ray-gun.pt

antes da dívida...



...temos o natal.

Se ainda não assinaram a petição pela resolução de um dos maiores problemas dos trabalhadores a falsos recibos verdes e pela discussão séria deste problema na assembleia, por favor visitem o site:

http://www.antesdadividatemosdireitos.org

euro 2012



A Brandia está de parabéns pela execução da identidade do Euro 2012 na Polónia e Ucrânia.

Poderia fazer observações sobre algumas escolhas do design? Claro que podia e de facto não resisto a achar que devia ter menos pozinho mágico em cima mesmo nas aplicações em media não impresso, mas infelizmente o cliente é que manda e se não as tivesse sentia o dinheiro mal gasto.

Um logo giro e que respeita a cultura dos países anfitriões e não é por serem portugueses que dou os parabéns.

Se o logo podia ser melhor? Podia mas há sempre a próxima vez e de qualquer das formas mesmo logos geniais como o dos JO de Londres, são postos na lama por muita gente com pseudice aguda, e minha pseudice ainda é leve... (LOL)

lockerz



Aqui há uns dias dei no fórum do MyGames, com um tópico que me chamou a atenção. Nesse tópico estavam a oferecer convites para um novo site/comunidade onde supostamente se poderia ganhar produtos de GRAÇA.

O meu "sentido aranha" apitou logo... de graça?! Hmmm, que história é esta.

Tratei de ler todos os comentários do tópico e de pesquisar mais sobre o Lockerz na net para saber exactamente do que se tratava. Entre os crentes e aquele pessoal que normalmente duvida de tudo e tem manias da conspiração, encontrei de tudo... A principal questão dos cépticos era simples, o que é que o Lockerz ganha em oferecer Macbooks, consolas, iPods e outros? Porque é sabido que nesta sociedade nada é de graça.

E a resposta a isso é óbvia para todos os que têm as luzes mínimas sobre marketing, ganha uma comunidade interessada (e interesseira), com uma suposta exclusividade através de um sistema de convites e de angariação de amigos e consegue com isto um painel privilegiado para os seus clientes fazerem pesquisas de mercado, a uma escala nunca vista mas num ambiente controlado.

O sistema é simples, o utilizador faz login todos os dias porque ganha 2 pontos por cada login diário, ganha outros 2 pontos por cada resposta que dá às perguntas colocadas diariamente, ganha 2 pontos por cada amigo que angariar para o site, ganha mais pontos com mini-jogo e por ai adiante.

E o que é que se faz com os pontos? Troca-se por produtos oferecidos pelas marcas ao site para alimentar o seu painel de mercado exclusivo e representativo de uma geração que é cada vez mais difícil de alcançar pelos meios tradicionais de marketing e pela publicidade convencional.



Screenshot da área de prémios


Para vos dar exemplos, um MacBook Air custa 1500 ptZ, uma PSP Go 675 ptZ, o Guitar Hero 5 com guitarra apenas 200 ptZ e jogos recentes 100 ptZ. O único senão é que, por estarem em fase de testes ou talvez por manha, existe um limite de stock que vai sendo renovado periodicamente, ou seja, se não forem rápidos e atentos podem ou não conseguir o que querem ou ter de esperar até ao stock seguinte para o ter.

Depois entra a cobiça e impaciência a favor deles, por exemplo, há DVD's por 375 ptZ ou prémios mais pequenos para que os mais impacientes gastem os pontos logo e não esperem pelos pesos pesados. Mas aqui a inteligência e estratégia compensam e não é assim tão difícil acumular pontos para algo que queiram mesmo ganhar. Só para terem uma ideia, estou registado há 2 dias e já tenho 30 ptZ na minha conta, em poucos meses se chega à centena ou mesmo ao milhar.

Estou a descrever-vos isto desta forma detalhada porque tenho interesse em que me peçam convites, basta lembrar que por cada amigo ganho mais 2 pontos e que ao fim de 20 amigos, entro na Z-List e além de receber logo uma t-shirt e uns merchandises, passo a receber pontos a dobrar em tudo o que faça.

Em relação a eventuais medos não há grandes motivos, os dados que fornecem são os mesmo que já deram centenas de vezes para outros sites onde vos deram pouco ou nada em troca e podem escolher só dar morada quando tiverem prémios para receber. No meu caso não tenho problemas, porque não só o meu telefone está no meu site para quem quiser ver, como a minha morada está no meu WHOIS do domínio...

Lembrem-se que se alguém quiser roubar-vos dados, não precisa de se dar ao trabalho de criar algo tão elaborado, basta algum know-how e umas pesquisas na web.

Sobre os prémios, no YouTube encontram dezenas de videos de unboxings, de tal forma variados que não deixam muito espaço para supor que os interessados os plantaram lá. Mas para ajudar a tirar as dúvidas, posso dizer-vos que a empresa está registada em nome de um dos fundadores da Amazon, por isso se há que fiar em algo na net, este será um desses casos.

Sinceramente, acho que é daquelas coisas para aproveitar enquanto é pequeno ou enquanto não dá o berro. Quando muito perdem uns minutos da vida a serem cobaias de estudos de mercado e podem ganhar uns presentinhos que valem a pena com isso e se não ganharem paciência, quem não arrisca não petisca como diz a sabedoria popular.

Se quiserem experimentar enviem-me um mail para menosketiago[at]gmail.com

Sejam amiguinhos para eu ter uns pontinhos valentes mais depressa ;)

zombieland


Tive o privilégio de assistir ontem à ante-estreia do Zombieland, cortesia da revista Take (obrigadinho de novo!).

Digo privilégio (e o pessoal do cinema independente lá se rirá) porque sou fanático de filmes de zombies, só não consumo filmes série C que sejam mesmo muito maus a todos os níveis e este foi o primeiro filme do género que vi num cinema, ou seja, em grande ecrã e com um sistema sonoro de rebentar.

Antes de mais apesar de quase todos os filmes do género terem alguns elementos de humor misturados (nem que seja humor muito negro), a base deste filme é mesmo comédia, comédia gore é certo, mas há já alguns meses que não me ria tanto a ver um filme ou qualquer outra criatividade.

Não vale a pena entrar em grandes pormenores, até para não ser spoiler, mas desde o picuinhas virgem, até ao rambo de serviço e as meninas bonitas para não fiar, todos os elementos funcionam na perfeição para criar piadas, mesmo com tripas de fora e sangue em boas doses. Há também um convidado surpresa no filme, alguém bem conhecido e que não esperaríamos ver neste filme (ou esperaríamos?).

Mas Zombieland não é só comédia, mas também um dos melhores trabalhos de efeitos especiais e fotografia quer no género, quer a nível do que melhor se tem feito nos últimos blockbusters. Podem contar com várias cenas de câmara lenta, com amiguinhos canibais a atacrem vitimas, excelente design a nível de letterings incluídos nas cenas ao longo de todo o filme, com as personagens a interagirem com as letras, que são explodidas, quebradas, empurradas e baleadas e alguns pormenores preciosistas como pingos de sangue ou sujidades a embaterem no ecrã.

Em resumo uma cornucópia de coisas boas para os fãs de mortos-vivos!



Projecto VIVA



Dia 6 de Dezembro durante a Maratona de Lisboa, arrancará o Projecto VIVA com a partida de Rosa Mota ao lado da improvável atleta da Guiné-Bissau Maria. Maria representa simbolicamente os milhares de pessoas da África sub-sariana que têm de fazer autênticas maratonas para ter acesso a água potável.

Esta campanha da VIDA (Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento Africano), com o apoio do LIDL e com a Leo Burnett portuguesa ao volante da comunicação, arrancará logo no dia seguinte, com uma premissa de acção muito simples.

A partir de dia 7, serão colocadas em todos os hipermercados LIDL garrafas de 1,5L de água vazias, que depois de registado o código de barras, serão "compradas" por 1€. Esse valor é integralmente doado, para o financiamento da abertura de furos para poços de água potável.

Saibam mais em:
http://www.projectoviva.com

PS: Obrigado ao Pedro Barão da Leo, contem sempre comigo!

social media



Estou em fase de planificação de futuro mais uma vez, mas não estou desanimado desta vez, que venha a luta que cá estou para a fazer!

Entretanto mais um momento lúdico LOL

the wealth of nations



Antes de mais, peço desculpa pelo hiato a que já não estavam acostumados neste blog... a semana foi cansativa, mas agora já estou de novo habituado a trabalhar e aproveitar bem as noites.

A recomendação literária de hoje não vai muito de encontro aos meus hábitos de leitura e a verdade é que pedi este livro por engano, porque aquilo que realmente queria era o The Wealth of the Nations do Adam Smith, original e integral para puder analisar e dissecar.

Esta edição é uma espécie de análise resumida da obra em questão (um dos pilares do capitalismo) de Karen Mcreadie, que traz meia centena de ideias de Smith para o ano de 2008, quer seja para criticar a ingenuidade de alguns conceitos, quer para aplaudir como apropriadas outras tantas ideias.

Pessoalmente não me acrescentou a profundidade que queria ter, pois não é o mesmo saber o que pensa Smith pelas palavras de outros autores (por exemplo, Proudhon cita-o muitas vezes para criticar a economia politica) ou pelo próprio. De facto não podemos destruir tudo o que Smith e os seus seguidores defendem e pensam, mas gostava de ler em maior profundidade algumas teorias que penso serem tão frágeis que qualquer pensador inteligente as desmonta.

No fim de contas estamos a falar de um gentlemen inglês, que tinha um grande fundo moral e ético e que não concebia a imoralidade e a atitude criminosa, com que alguns seres mais gananciosos viriam a aproveitar as suas teorias económicas. A Karen McReadie, bem afirma que Smith dá voltas na campa ao ver o que tem acontecido desde o inicio deste período de crise.

Aquilo que é claro para todas as pessoas de bem é que à semelhança da "alegoria do dragão" do Carl Sagan, se não conseguimos ver, cheirar, sentir ou detectar a "mão" através de qualquer processo empírico ou científico, então essa não é invisível, pura e simplesmente não existe, a não ser na fé de alguns e a economia não pode viver de crenças metafisicas.

O que podemos reter de Smith são coisas simples e sensatas, como a noção de mercado livre, de regulação bancária e da especulação e mais importante neste momento, a justiça e valorização do trabalhador e dos salários. A economia depende do consumo, se as pessoas não tiverem salários que lhes permitam consumir então a economia estagna... não precisávamos de ler Smith para saber esta e outras verdades à la Palisse.

Penso que todos saibam ou tenham ouvido falar que a primeira coisa que Henry Ford fez para aumentar as vendas do Modelo T, foi aumentar exponencialmente os salários dos seus operários, permitindo que esses ambicionassem comprar o automóvel que produziam. Esta manobra obrigou a que os industriais subissem todos os salários, resultando num aumento geral do poder de compra e consequentes lucros para todos.

Pena que muitos empresários neo-liberais ou apenas conservadores em Portugal não conheçam nem os pilares mais básicos do sistema que defendem e as lições mais simples da economia, e teimem em praticar baixos salários e a recorrer à mão de obra precária, como solução para melhorar os seus resultados.

Para estes senhores e para todos os que gostavam de perceber um pouco mais de economia recomendo as duas ou três horas que demoram a ler este livrinho de 10€. Depois talvez ganhem vontade de ir brincar com os meninos grandes LOL

Podem comprá-lo aqui se quiserem:
http://www.bookdepository.com

mundo dos sonhos



Os cartazes com as minhas ilustrações para a peça O Mundo dos Sonhos, já andam por ai na cidade de Lisboa e nos comboios da linha de Sintra. Entretanto devem andar por mais sítios, em mupis e companhia.

Andei a matar a minha cabeça para saber o que podia oferecer a quem me tirasse boas fotos de um destes suportes com uma máquina reflex, mas como estou em bancarrota oferecer uns prints desta ou de outra ilustração minha está um pouco ou fora de causa ou terá de ser mais à frente no tempo.

Por isso se calhar ofereço antes outra coisa, quem me arranjar boas fotos d'O Mundo dos Sonhos, pode enviar-me uma foto dele/dela (ou de quem quiser) e eu faço uma ilustração/retrato neste ou noutro estilo que gostem, dos que já me viram fazer... que tal?

Entretanto como nunca mais me arranjaram as peças finais não sabia mas a peça já está em cena desde 12 de Outubro e fica em cena até 31 de Janeiro de 2010.

Podem ver mais coisas no site do Teatro Tivoli ou no site da produtora que até tem um booklet sobre a peça ;)

http://www.teatro-tivoli.com
http://www.plano6.pt

foxtab



De vez em quando dá-me para procurar uns extras do Firefox, visto que há sempre aquela funcionalidade que nos dava jeito ter mas que o browser em si nada ganha em ter de origem...

Uma das coisas (a única provavelmente) que adoro no Safari novo é a parede em 3D com os tabs todos. Ora através do FoxTab podemos ter o mesmo efeito no Firefox, além de outros efeitos como carrossel, índices, etc... além de se poder configurar cores de fundo e até imagens.

Só é pena que as miniaturas das páginas fiquem um pouco desfocadas mas de certeza que isso vai ser melhorado nas próximas actualizações.

Outro dos extras novos que apanhei foi o Read It Later, que é excelente para mim, porque em vez de criar dezenas de favoritos, só para ler ou ver a página uma vez mais tarde, podemos usar este extra que cria uma lista por ordem de antiguidade dos artigos que marcamos para podermos ler quando tivermos tempo.

E pelos vistos sincroniza-se entre vários computadores e até no telemóvel, para que possamos ver a página onde mais nos convier. Excelente para marcar favoritos no trabalho e vê-los em casa com atenção.

FoxTab
Read It Later

entrevista make on buzz



Tive o prazer de ser entrevistado pela Rita Amaro do site de design, marketing e publicidade, Make On Buzz.

Estão lá as minhas opiniões sobre o mercado criativo português, o freelance VS trabalho por conta de outrem, redes sociais e sobre mim e a minha carreira. Quem me quiser conhecer um bocado melhor provavelmente não encontrará melhor substituo ao contacto pessoal e conversa directa ;)

Além disso no seguimento da entrevista estabeleceu-se uma parceria entre a Associação Ophiusa e o Make On Buzz.

Podem ler em:
http://www.makeonbuzz.com

mais um final



Sabemos que temos uma companheira para a vida, quando em vez de nos querer vender a consola e os jogos, faz o inverso e compra uma PS3 porque sabe que vai fazer um viciadito feliz (LOL). Graças a minha Si, posso babar-me por certos jogos que doutra forma só poderia "sonhar" com eles.

Um desses jogos é o Final Fantasy XIII, cuja data de lançamento foi anunciada sexta (9 de Março de 2010) e calha mesmo a seguir ao meu aniversário, por isso vai ser impossível não ter dinheiro para o comprar =X

A minha única mágoa é impingirem-me uma música da Leona Lewis em vez da original japonesa, mas ou é isso ou é perceber 5% dos diálogos do jogo na versão original...

PS: Há mais e melhores razões para saber o que afirmei!
Qu'é para não haver ideias, sim?! LOL

BRK



BRK é uma banda desenhada de Filipe Pina e Filipe Andrade, que vinha a ser publicada há uns tempos no BD Jornal (também saiu uma prancha no jornal Mundo Universitário o ano passado) e conta agora com uma edição de 67 páginas da ASA.

Ao contrário da maioria da BD editada em Portugal, que tem a génese no estilo francês ou num estilo alternativo/estrambólico, esta história segue uma abordagem ao estilo dos comics americanos.

Aliás, nota-se no desenho muita influência de um dos autores americanos que mais aprecio, o Humberto Ramos (Crimson, Out There e Revelations) o que não significa neste caso falta de originalidade, tendo em conta que conheço a obra dele o suficiente para estar certo que não houve nenhuma adaptação do desenho dele.



De resto a nível de arte existe uma grande variedade de cenas dinâmicas nas pranchas, com óptimas e fidedignas aparições de locais como a Av. dos Aliados no Porto, a Praça Luís de Camões e Alfama em Lisboa e o Cristo Rei, um liceu e várias ruas de Almada.

É esta a maior originalidade desta história, ser passada num Portugal dos nossos dias com a narração da história de David, um rapaz com tendências hedonistas de 17 anos, que se junta a uma organização denominada "Estalo" que quer mudar a sociedade de formas inconvencionais. Ao longo da história essa inconvencionalidade levanta dúvidas de inspiração terrorista, até que há um twist genial, que vou manter em segredo, senão estragava a história.

De uma forma sucinta, se gostam de comics e querem que se façam mais coisas deste nível por cá podem e devem comprar esta edição. Sobre o preço penso que ronda os 15€ (infelizmente não estive em casa para avisar porque na BD Amadora estava a 12€), o normal para TPB's no nosso mercado.

Espero que venha ai mais um volume porque quero mesmo saber como é que a história vai continuar :D

Artigo dedicado ao livro no Fórum Central Comics criado pelos autores
http://www.centralcomics.com/forum/index.php?topic=80.0

Site Oficial
http://www.break-comic.com

buraka no sistema



Tenho que admitir que criar seja o que for para Natal, Páscoa e restantes festas não é das coisas mais fáceis, principalmente se quisermos ser originais...

A Popota já tem pelos menos 3 anos em cima (corrijam-me se estou enganado), não é novidade nenhuma mas quando teve a sua primeira campanha era uma proposta interessante, uma boa personagem infantil longe de alguns clichés natalícios que seriam óbvios.

O ano passado quem quer que tenha tido a palavra final e a responsabilidade de pôr a Popota num dueto com o Tony Carreira, já se tinha esquecido que o objectivo de uma campanha de Natal é suposto ser vender brinquedos e por isso destina-se às crianças, mais ou menos jovens. OK, sempre venderam alguns CD's às mães e podemos argumentar que quem compra presentes são elas (cliché sexista típico) e que por isso elas também são o target de uma campanha de Natal.

Mas o que é que esta Popota está exactamente a vender este ano? O estilo de vida dread/kuduro, com as respectivas gajas a abanar a peida para a câmara como nos videoclips?

É que a mim parece-me que impingir às crianças música que está na moda, ou os clichés sexistas que fazem parte de certos lifestyles, não é propriamente a melhor escolha pedagógica... admito que não sou fã desta "cena musical" mas acho que era o mesmo que pôr a Popota a cantar Sex Pistols ou vestida de preto a mandar uns guturais à Death Metal. Há coisas que não são para crianças...

Sobre o anúncio em si, e principalmente pelos 9 meses de trabalho técnico só posso dizer que está 5 estrelas e sendo honesto se o target for de adolescência para cima é um anúncio engraçado, de facto até nem está nada mau.

No entanto acho que a única coisa que isto vende, é albums dos Buraka Som Sistema, sobre os quais perco todo o meu respeito tal é a falta de prurido artístico em deixar que peguem numa música deles e alterem a letra para fazer um anúncio de natal. Não entendam mal, o problema não é vender a música para um anúncio. Para mim é normal e não considero selling-out como outros, outra coisa é pegarem numa criação tua e porem "po-po-po-po-pota" e mudarem a letra para tentar vender brinquedos.

Mas há pessoal que só quer é verdinhas, não é por acaso que nunca gostei deste estilo de música (estou a falar de derivados e não do kuduro que respeito e até acho piada)...

PS: Os fãs podem flamar à vontade ;)

tofu chair



Para quem não percebe muito de design industrial esta cadeira que ganhou um Red Dot Award, poderá até parecer feia, mas esta é um dos mais belos assentos que já vi.

Através de uma colocação cuidadosa de triângulos, com dimensões maiores nas zonas que se queria que distendessem, esta designer japonesa conseguiu que este paralelepípedo se transforme com o peso do corpo num confortável sofá! Simplesmente genial!

Fonte > Core77

ajudas de custo



"A.C. converte um posto de trabalho que deveria ser remunerado com pelos menos o elevadissísimo Salário Mínimo nacional, num estágio sem direitos. A.C. tem milhares de empresas adeptas por todo o país, pelo que pode estar seguro que não terá denúncias nem da sua concorrência, nem feitas nos media que também utilizam A.C. a seu bel prazer. A.C. presta serviços e dá vantagens a todas as empresas, independentemente do número de empregados e da percentagem de lucros prevista no final do ano.

A vantagem do A.C. começa em si, Sr. Empresário

  • A.C. garante que o seu trabalhador fica calado ao seu canto a produzir o mesmo que qualquer trabalhador legal.
  • A.C. permite-lhe fugir às contribuições para a Segurança Social e ao pagamento dos impostos a que seria obrigado.
  • A.C. garante que o estagiário não se queixa porque além de lhe estar a fazer um favor, ainda lhe garante a subsistência.

Contacte
Milhares de Jovens Recém-Licenciados no desemprego

Num dos muitos sites de emprego portugueses que ainda não se recusam a colocar anúncios de emprego ilegais."


Ainda há poucos anos, era comum as empresas pagarem o subsídio de refeição em Ticket's Restaurant, aceites na maioria dos restaurantes, snack-bar's, tascas e cafés de esquina. Era uma forma de garantir que o trabalhador gastava o subsídio em alimentação e até se faziam campanhas para lembrar que um trabalhador bem alimentado tinha maior motivação e capacidade produtiva.

O subsídio de refeição era por isso considerado além de um "benefício social" uma mais valia para a produtividade das empresas.

Actualmente são centenas as empresas que consideram que um subsídio de refeição e as despesas de transporte (pagos debaixo da mesa ou a falsos recibos verdes) são remuneração justa e suficiente para jovens altamente qualificados, que têm maior capacidade produtiva que gerações anteriores, munidos de capacidade criativa e de iniciativa. Aquilo que para os nossos pais eram um extra, para esta geração é um "favor que nos fazem", para não termos ainda de pagar para trabalhar...




PS: Se quiserem um PDF para imprimir e colar onde quiserem é só pedir ;)

animais proibidos



Excelente infografia do Mário Cameira sobre os animais interditos a comercialização e propriedade privada segundo a nova lei.

Vejam maior em:
http://infografando.blogspot.com/2009/10/animais-proibidos.html

o coto invisível

Adam Smith, um dos pais da "economia política" ou de uma forma mais simples, do capitalismo, defendia que não era o altruísmo que lhe punha o jantar na mesa, mas sim o interesse egoísta de auto-favorecimento do agricultor, do padeiro, do cervejeiro, da cozinheira e por ai adiante, que resultava no seu manjar burguês.

Era esta vontade de auto-favorecimento que dizia ele, constituía uma "mão invisível" que resultava na melhoria das condições de vida e na prosperidade da sociedade!

Passadas algumas centenas de anos de aplicação do capitalismo, em muito com base nesta noção ingénua (ou intencionalmente maquiavélica?) e que geração após geração resultaram numa real melhoria das condições de uma parte tendencialmente mais abrangente da sociedade (embora possamos discutir que a globalização transformou a desigualdade nacional em desigualdade entre países e na prática nada mudou), chegamos a um ponto em que há uma geração em que a qualidade de vida e os direitos se prevêem diminuídos em relação à anterior, quebrando o ciclo mítico do progresso.

Podemos especular que a real causa deste cair da máscara do capitalismo neo-liberal se deve à queda do comunismo na União Soviética e na China, afinal já não existe um sistema inimigo capaz de o derrotar, para que convenha maquilhar a verdadeira cara da economia política.

A determinada altura, a benévola mão invisível foi amputada pela ganância e pelas enormes falhas de base de que a economia política sempre padeceu (a diferença ilógica entre valor real e valor especulativo e a noção feudalista da propriedade inquestionável e hereditária).

É que para infortúnio da grande maioria dos membros da sociedade, um coto invisível não é muito eficaz a agarrar na riqueza para a distribuir!

o salário mínimo



Van Zeller, presidente da CIP diz que este ano os empresários por si representados tencionam congelar o aumento do Salário Mínimo, ao contrário do que foi acordado em concertação social, segundo o qual o valor deveria aumentar este ano 25€ para os 475€ mensais.

Embora entenda a validade da argumentação apresentada, tendo em conta que assistimos a alguma deflação, sendo que isso resulta num aumento do poder de compra mesmo congelando os salários, temos de nos lembrar que somos dos países da União Europeia com um dos mais baixos salários mínimos e médios e onde há um dois maiores fossos entre remunerações de topo e de base.

Não posso (não podemos todos) é aceitar a prepotência e arrogância de um organismo que em vez de negociar um congelamento, pedindo um esforço suplementar aos trabalhadores e alguma paciência com justificação na crise internacional aos seus parceiros sociais com quem falhará o combinado, venha dizer que "ou aceitam as nossas condições ou então despedimos trabalhadores para termos os mesmos lucros".

Aceito e concordo que os trabalhadores portugueses tenham de fazer um esforço honesto para serem mais produtivos, apesar da baixa geral de salários a que assistimos nos últimos anos (o valor do trabalho interfere com a produtividade também), mas temos de exigir que os nossos empresários e empresas também trabalhem no sentido de inovar e investir mais na criação de produtos baseados na qualidade e originalidade e não a continuação da aposta num modelo de produto de baixo custo e baixo valor, que será a médio prazo uma aposta perdida face à concorrência de países onde devido à mão de obra barata, os mesmos produtos serão sempre mais concorrenciais.

Penso que da mesma forma que se deve apostar na formação e qualificação dos trabalhadores, se deve também fazer a mesma aposta dentro da classe empresarial, manifestamente pouco preparada para os desafios do mercado global e da inovação necessária à sobrevivência nestas condições.

PS: Nem vale a pena comentar acerca da indignação de ter uma sindicalista como Ministra do Trabalho e da Solidariedade, de tal forma arrogante que parece que se esqueceram que numa democracia todos os cidadãos podem ser governantes...

o valor das ideias



Agradeço ao Carlos Santos do blog O Valor da Ideias, a menção que fez deste meu humilde cantinho da blogosfera.

Fico conferido de uma maior responsabilidade em escrever mais artigos intelectualmente estimulantes para merecer o respeito de alguém que admiro como um excelente analista político.

http://ovalordasideias.blogspot.com

balack






Algumas taradices de um ilustrador francês do qual eu sou fã incondicional! LOL

Porque nem só de coisas tristes é feita a vida :P

Mais em:
http://balak01.deviantart.com

o fosso entre classes



Interessante esta análise da disparidade entre os mais ricos e os mais pobres nos vários países do mundo.

Nos países desenvolvidos ficamos logo atrás de Israel e dos EUA! Pena que não se trata de algo positivo mas sim de uma amostra da injustiça da sociedade actual. Mais uma razão para pensar que voltámos ao feudalismo, só mudaram as condições para se ser da "nobreza"...

protecção jurídica



A Justiça de Costa Motta (Assembleia da República)

Como nem só de más notícias pode ser feita a vida, talvez vos agrade saber que no seguimento da carta para a Segurança Social que aqui transcrevi, recebi hoje uma carta com o contacto do advogado designado para o meu caso, de forma a avançar com o processo.

Mais uma vez espero que este resultado vos incentive a lutarem também pelos vossos direitos!


o rendimento mínimo



Sinceramente, não sou muito dado a conferir excessiva atenção às demagogias que a direita vai veiculando através dos media, de forma a defender o seu belo sistema (bela merda na minha opinião), mais ou menos liberal mas sempre socialmente irresponsável e às vezes até mesmo malicioso.

Infelizmente, com a subida do CDS-PP nas eleições legislativas, o eterno maquinista Paulo Portas já fumegava com outra potência e decidiu durante as autárquicas, fazer um ataque sem reservas ao Rendimento Social de Inserção (rendimento mínimo), apoiado num artigo do isento e sério Correio da Manhã, que noticiava uma estimativa de que as fraudes do RSI ascendessem a 118 milhões € (isto quando a fonte mais fidedigna, a Segurança Social, fala em cerca de 14,7 milhões em ano e meio). Mais, diz portas que se fosse governo tirava o dinheiro aos fraudulentos (descobrindo quem são através do método do "um-dó-li-tá") e usá-lo-ia para aumentar as reformas dos idosos (os únicos "pobres" que votam nele), o que significaria um aumento de 10€ em cada reforma!

Como disse ao inicio, não tenho hábito de perder tempo com palhaçadas deste nível mas vejo cada vez mais pessoas que pensei de bom senso ou pelo menos avessas às ideias de extrema-direita, muito revoltadas com não só as fraudes mas com o subsídio em si. Os argumentos de Portas ficam na orelha, principalmente aquele que refere que os beneficiários são malvados e preguiçosos, que vivem às custas dos portugueses que trabalham...

Claro, que se retira premeditadamente da equação, o facto da média deste subsídio ser de 90€. Ou então o senhor Portas, com o seu apartamento "colorástico", com a sua colecção de invejável de livros (digo-o como elogio) e gosto careiro de almoçar sushi, afirma ser possível sobreviver desafogadamente e ociosamente um mês com este dinheiro (aos preços do restaurante que ele frequenta ou pede take-out, dava para 5 almoços).

Mas voltando ao cerne da questão, gostaria de lhe perguntar a ele e aos portugueses que estão obcecados com as supostas fraudes do RSI, se já fez as contas para saber quanto aumento de reformas é que seria possível pagar, com os entre 10 e 14 MIL MILHÕES DE EUROS nos quais estão estimados os valores da fuga ao fisco, todos os anos?!

Como Guterres dizia "é só fazer as contas"...

Para ajudar a perceber melhor a dimensão que separa estes dois factores (ambos negativos e nisso concordo) fiz o gráfico acima deste post para ilustrar visualmente a diferença das suas dimensões e consequentemente da sua importância. E até fui simpático, porque usei o valor hiperbólico de 180 milhões € para o RSI (acredito mais nos valores oficiais porque sei na pele, o difícil que é ter apoio da Seg. Social) e comparei com o valor mais baixo da fuga ao fisco. Se tivesse usado o valor oficial das fraudes ao RSI, mesmo mantendo os 100 mil milhões €, a barra do RSI seria um risco sem visibilidade.

Parece-me uma prova das prioridades trocadas da direita e infelizmente de muitos meus compatriotas que foram hipnotizados pelo canto da sereia, sem pensar para lá dos sound-bites. É claro, que para a direita é muito mais fácil atacar a parte mais fraca, os pobres desgraçados que têm de recorrer ao RSI, não têm geniais contabilistas, offshores à escolha e advogados maravilha para lhes garantir as falcatruas e assim o contribuinte português fica todo contente que a bandeira azul com o falo amarelo (a laranja está com bicho), lá lhes conservou melhor o dinheiro dos suados impostos.

Mas nada que espante quem vê o neo-liberalismo por aquilo que é, um feudalismo do capital em que quem tem dinheiro pode, quer e manda e onde o estado serve para controlar e reprimir as classes baixas privadas da recompensa justa da sua produção.

Penso que qualquer pessoa com bom senso condena qualquer tipo de fraude, mas fazer deste caso uma prioridade quando temos milhares de milhões de euros que não são cobrados em impostos, é no mínimo hipocrisia e no máximo crueldade, tendo em conta a quantia irrisória que poderá estar a ser desviada por cada "criminoso" e a situação social dos mesmos.

Só consigo encontrar explicação para esta situação desproporcionada, se for extremamente negativo e culpar a inveja profunda do português em relação ao que o próximo tem (mesmo que sejam tostões) e o ignorar da fuga ao fisco por ânsia de fugir também ao pagamento dos impostos. Se for este o caso está explicada o nosso fosso em relação aos resultados económicos e sociais de países nórdicos, onde o pagamento dos impostos é considerado uma obrigação e a fuga é muito mal vista (aliás toda a corrupção e nepotismo), para um país onde o chico-esperto é o herói da tasca ou do café e exemplo de superior inteligência (esperteza).

Acho que temos de aprender a ser mais solidários, éticos, cívicos, cumpridores e aprender que o dinheiro e os bens materiais são um meio e não um fim e como tal de nada servem com mal-estar social e um estado sem recursos.

Fontes:
Agência Financeira (IOL)
Jornal de Negócios

PS: Peço desculpa pelo testamento mas precisava de deitar tudo para fora...

not a nugget



Começou por ser apenas o esboço com a ideia "Pinto Mau" mas há medida que fui vectorizando comecei a achar que precisava de qualquer coisa e "I'm not a Nugget" saltou-me logo para o subconsciente.

Claro que a ideia é 0% de original desta forma mas prefiro que seja uma homenagem à campanha da PETA a ter um conceito forçado para fingir que surgiu primeiro a galinha que o ovo... e a ideia foi divertir-me um pouco num Sábado à tarde.

Podem ver a campanha da PETA aqui:
http://www.peta2.com/notanugget" target="blank"

Como extra ficam duas imagens do processo de vectorização para os mais curiosos ;)





PS: Se aparecer ai aquele meu fã que acha que não sei desenhar, até agradecia umas aulinhas... sim? Obrigado!

social media



Excelente apresentação que explica os media sociais e a forma como as empresas os dever ver/utilizar em seu benefício.

A Jerónimo Martins bem que podia distribuir isto ao marketing para ver se resolvem o imbróglio do anúncio do Pingo Doce...

Quique



Este vídeo para uma campanha viral da Diesel é das coisas mais estranho/cómicas que já vi...

Saibam mais sobre o Quique!
http://www.quiquethehead.com

sell the vatican



Se o humor não fosse tão parvinho até era ofensivo... pronto, alguns vão se ofender certamente.

E como alguém disse nos comentários, aproveitem e vendam também o Santuário de Fátima...

all gone





Este foi mais pela piada do exercício em si porque não tinha grandes esperanças.

http://www.crowdspring.com/projects/graphic_design/logo/all_gone/gallery/all_gone__3


Acho que é o último logo por enquanto, agora concentrar-me em fazer uma boa ilustração para um dos concursos de t-shirts que "andem por ai"...

secret shopping



Mais uma proposta e a julgar pelas pontuações ganha uma vez mais o melhor! LOL

http://www.crowdspring.com/projects/graphic_design/logo/secret_shopping/gallery/secret_shopping__13

jesus 2000



Vejam várias vezes, a simbologia é excelente!

lucky sponge



Uma proposta para logo da empresa Lucky Sponge...

Dizem que tem pouca legibilidade e vendo os logos que estão a pontuar mais acho que não vale a pena sequer perder muito mais tempo.

http://www.crowdspring.com/projects/graphic_design/logo_and_stationery/green_cleaning_ecommerce_startup_needs_a_fresh_logo


PS: Já conheço a oponião de alguns designers estabelecidos sobre estes concursos... sinceramente, arranjem-me outra forma de poder fazer algo próximo da minha profissão que eu paro ;)

trabalhar nos media



Só é pena estar em inglês mas é tão real que quase perde a piada!

"Pelo menos vais continuar a ter trabalhos nossos de vez em quando, ainda que a metade dos teus honorários antes de podermos usar a crise, como desculpa para te irmos ao cu!"

via Paulo Querido

o direito à justiça



Ontem recebi pela segunda vez uma cartinha da Segurança Social, a pedir-me uma declaração sob compromisso de honra a explicar os meus rendimentos e como pago as minhas "despesas", isto para me satisfazerem um pedido de Protecção Jurídica.

Como tenho um ex-colega de trabalho que fez o mesmo pedido, aceite sem este documento e tendo a mesma situação económica e social que eu, pensei que da primeira vez mo tinham pedido por ter colocado "designer" em vez de "desempregado" na profissão e não ter entregue o comprovativo do Centro de Emprego. Por isso entreguei um segundo pedido fazendo questão de o preencher a pele químico igual ao do meu colega, incluindo os documentos entregues.

Ora, ontem recebi pela segunda vez o mesmo pedido... como se explica que na mesma situação a Segurança Social trata de forma diferente dois cidadãos com os mesmos direitos?

A minha única explicação é que numa tirada "portiana" dos técnicos da SS consideram que o meu colega por morar na zona do Estoril é honesto e que eu por morar no Monte Abraão, zona rica em preguiçosos que não querem trabalhar (vulgo pobres, dos quais se destacam ciganos e imigrantes africanos) sou considerado à priori um burlão fraudulento.

Como a minha indignação não é devido aquilo que outros considerariam a devassa da vida privada, mas sim o tratamento injusto ao considerarem-me criminoso até prova em contrário (o inverso da justiça), transcrevo aqui para todos a resposta que enviei, para provar que não tenho nada a esconder...

"Exmo(a).

Venho por este meio responder ao pedido de esclarecimento em relação à minha situação actual para o efeito do pedido de Protecção Jurídica (...)

Informo que neste momento estando desempregado (como prova o comprovativo do Centro de Emprego da Amadora), não tendo qualquer bem imobiliário ou de outra ordem, não sendo herdeiro de capitais, acções, nem outros proveitos, não sendo proprietário de qualquer conta poupança, PPR ou fundo de investimento, não tendo direito a qualquer subsídio de desemprego, nem auferindo (nem sequer tendo pedido) qualquer tipo de apoio financeiro da Segurança Social ou de qualquer outra instituição de solidariedade, o meu rendimento mensal é de 0,00€.

Como referido não tenho qualquer crédito, empréstimo ou dívida perante bancos, Segurança Social, Finanças ou outra instituição, tendo até pago em Setembro o valor de cerca de 80€ em IRS relativo aos rendimentos auferidos por conta própria no ano fiscal transacto (como é minha obrigação como bom cidadão).

Como a sabedoria popular afirma, "quem não tem dinheiro não tem vícios" e como tal, vivendo de acordo com as minhas possibilidades em todos os momentos da minha vida e não tendo neste momento rendimentos, também não tenho "despesas diárias" como referido no pedido de esclarecimento. A única despesa fixa e quase obrigatória que faço todos os meses é a compra do passe CP Lisboa no valor de 21,50€, do qual necessito para me deslocar a entrevistas de emprego e para poder arejar de vez em quando para manter a minha sanidade mental.

Essa e outras despesas muito esporádicas são feitas utilizando o dinheiro do meu último honorário poupado a esforço de anorexia financeira, antes de me ver forçado a fechar actividade como designer por ter terminado o meu período de um ano de isenção de contribuição para a Segurança Social. Não tendo nem rendimentos fixos da minha actividade nem volume de negócios que permita colmatar a contribuição compulsória a que estava obrigado não tive outra solução senão o desemprego total.

Mais, informo que desde o final de 2007 não faço parte de qualquer agregado familiar, não estou numa união de facto ou em qualquer situação fiscal que obrigue a terceiros contribuírem para o meu bem estar. Dessa forma tenho a agradecer a familiares e amigos a solidariedade que me permite ter pelo menos um tecto sob o qual dormir e a alimentação que infelizmente todos os organismos vivos precisam para sobreviver. Como tal e sendo até já de uma enorme simpatia os apoios que me prestam mais não posso pedir.

Informo ainda que sou voluntário numa organização sem fins lucrativos portuguesa e sou um dos fundadores de um projecto que visa a construção de uma nova associação sem fins lucrativos para o desenvolvimento da cultura em Portugal. Mais uma vez actividades para as quais não recebo qualquer apoio e no segundo caso tenho mesmo gasto bastante dos poucos rendimentos que tenho conseguido auferir desde que terminei a minha licenciatura numa universidade pública com "distinção" e re-ingressei na vida activa.

Tendo tudo isto em conta, gostaria desta forma pedir encarecidamente que me seja concedido o meu direito à justiça previsto na Constituição da República Portuguesa desde a sua insipiência, de forma a interpor acção judicial no Tribunal do Trabalho, para obrigar o meu último empregador a pagar o mês e meio de remuneração a que se furtou (depois de me obrigar a gastar quase todas as economias em transportes e alimentação para poder trabalhar) e que está previsto como um direito inquestionável no Código do Trabalho em actualmente vigente.

Declaro sob compromisso de honra que todas as informações anteriormente cedidas são a mais pura das verdades."

Espero que quem leia este documento na Segurança Social se envergonhe de perguntar a um dos milhares de jovens portugueses que são explorados e escravizados pela nossa sociedade obcecada com o capital e as aparências, como é que estando desempregado e não sendo filho de pais ricos, nem herdeiro, se sobrevive...

PS: Aos senhores Oliveira que certamente aqui vêm espiolhar de vez em quando, escusam de ficar descansados que não serão levados à justiça, pois se me recusarem os meus direitos, tenho outras soluções, nem que tenha de varrer ruas para pagar o processo do meu bolso!

Provedoria do Precariado




Já aqui há uns meses vos tinha falado da Provedoria do Precariado, uma organização com o objectivo de denunciar ilegalidades laborais em Portugal e compilar uma "lista negra" das entidades empregadoras, capitalizando na vergonha social e má imagem empresarial, para pressionar as empresas a travarem nem que seja um pouco a exploração das pessoas.

Ao que parece hoje o site teve uma actualização massiva, como artigos pedagógicos sobre os direitos laborais e a forma de lutar pelos mesmos.

Também quero lembrar-vos que podem usar este e outros sites para fazerem as vossas denúncias de exploração laboral e desrespeito pelos direitos no trabalho, incluindo fazerem-no anonimamente.

Acho que é apoiando projectos como este, o FERVE e os Precários Inflexíveis que vamos conseguir mudar (nem que seja um pouco) o futuro desta sociedade portuguesa de falta de valores e ética no trabalho.

Visitem e divulguem!
http://provedordoprecariado.blogspot.com

não é design



Uma pequena chamada de atenção em forma de cartaz, para alguns colegas de profissão que fazem design segundo o que está na moda e os tutoriais que aparecem nas revistas ou online e que muitas vezes exibem orgulhosamente as suas peças experimentais, muitas vezes quase sem diferenças dos originais ou conteúdo.

Ora eu também gosto de experimentar com novas técnicas mas só se isso fizer sentido para o trabalho em mãos e não apenas porque é giro e vê-se muito. A ironia acaba por ser o facto de, bem vistas as coisas, apesar de ter conteúdo, este cartaz não é muito diferente dos que critica LOL

É também uma achega para aqueles que criticam a minha tendência para o minimalismo como simplismo gráfico, porque ainda não perceberam que também sei enfeitar se me apetecer...

Mais para vir :D

Entretanto podem ver maior em:
http://www.menosketiago.com/101314

escravos modernos



Venda de escravos em Roma
Jean Léone Gérôme

Já aqui manifestei várias vezes a minha antipatia pelos estágios não remunerados e sempre tive a ideia de que os mesmos além de pouco éticos, seriam dificilmente legais.

Ao lermos o Código do Trabalho, não encontramos prevista a figura do "estágio" ou de trabalhar de graça à experiência, visto que os contratos de trabalho têm um mês ou mais de "período experimental" no qual o trabalhador pode ser despedido ou despedir-se sem necessidade de justa causa. Mais, qualquer situação em que um trabalhador tenha um posto de trabalho fixo, um horário a tempo-inteiro e responda a chefias, configura uma situação de contrato de trabalho, remunerado obrigatoriamente pelo valor do Salário Mínimo em vigor no momento, logo os estágios nunca poderiam ser não remunerados...

Já nem falemos dos recibos verdes passados por pessoas que reúnem estas condições que além de constituírem uma infracção código, são considerados uma fraude à Segurança Social.

Mas até agora, esta era a minha (e de algumas pessoas que fui ouvindo) opinião e interpretação da legislação laboral.

Acontece que na semana passada ao ver os resultados das eleições no telejornal, apareceu na notícia a imagem do Facebook do candidato do PCTP-MRPP, Garcia Pereira que acontece ser um dos melhores advogados de direito do trabalho em Portugal. É claro que vi ali uma oportunidade de entrar directamente em contacto com ele e perguntar-lhe qual a legalidade dos estágios não remunerados, sendo que passo a transcrever a resposta:

"Sem me poder alongar muito na demonstração, quero-lhe dizer que considero os estágios não remunerados uma verdadeira fraude à lei e, logo, uma prática completamente ilegítima para obter mão de obra gratuita, quase escrava, muito em particular quando do que verdadeiramente se trata não é de aprendizagem com vista à inserção profissional mas a ocupação, pura e dura, de um posto de trabalho.

Aliás, tenho sempre sustentado que um dos pontos chave do Direito do Trabalho do futuro, deve ser o da protecção eficaz dos trabalhadores mais vulneráveis, muito em particular os jovens, contra diversas formas de hiper exploração, tal como os recibos verdes fraudulentos, a contratação a prazo para preencher postos de trabalho permanentes e, precisamente, os estágios mal ou mesmo nada remunerados.

Estas práticas são de todo contrárias à lei, só que o grau de ineficácia desta, em particular em Portugal, é elevadíssimo. Desde logo devido ao não funcionamento dos mecanismos e instituições encarregues de zelar pela aplicação da mesma lei, como a Inspecção Geral de Trabalho e os Tribunais de Trabalho. E assim, também neste campo, assistimos cada vez mais a que «o crime compensa»."

Acho que após lerem estas palavras fica bem claro a ilegalidade destes estágios. Agora está nas vossas mãos, divulgarem esta verdade por todos os vossos amigos e tentarem ao máximo não coadunar com práticas ética e legalmente condenáveis. Da minha parte vou tentar "pressionar" algumas pessoas que têm reais poderes na não divulgação de anúncios deste tipo de estágios.

Fórum do Garcia Pereira no Facebook:
http://www.facebook.com/topic.php?uid=130717131426&topic=12719

PS: Os estágios profissionais do IEFP e INOV são na realidade contratos de trabalho com o salário mínimo pago pela empresa e uma bolsa da responsabilidade do estado, caso se perguntem sobre a legalidade dos mesmos...

PS2: Os estágios curriculares não contam como relação laboral, pois fazem parte da formação curricular e são acompanhados pelas escolas/faculdades.

PS3: Sim, tenho noção que um dia desses não arranjo trabalho em Portugal com estes artigos, mas também não desejo trabalhar com empresas fraudulentas e sem ética... se promovem estes estágios são-no e não há volta a dar. Lembro que "o desconhecimento da lei não desculpabiliza o incumprimento da mesma"...

logos de setembro




Dois logos rejeitados em concursos no mês passado... tenho de investir mais tempo e tentativas, pelo menos sempre entra dinheiro enquanto não se arranja trabalho a sério.

cavaco no ptFolio



http://www.ptfolio.com

generation praktikum


Generation Praktikum @ Flicker

Quando digo a amigos que a situação dos jovens e licenciados não é negra apenas em Portugal, esbarro-me sempre com alguma incredulidade e também não me posso considerar um conhecedor da realidade externa, pois nem sou muito viajado (só sai de Portugal uma vez para ir a Bruxelas com a equipa do Queluz Basket), nem conheço os casos de insucesso no estrangeiro (normalmente só se gaba os casos de quem emigra e tem sucesso).

Por isso não me admirou um artigo do Público que revela que há uma geração entre a geração desempregada e a dos "mil euros" na Alemanha conhecida como Generation Praktikum, jovens licenciados entre 27 e 30 e poucos anos que passa anos a saltar de estágio não remunerado em estágio não remunerado na esperança de um verdadeiro emprego.

A principal difença com Portugal é simples e é sempre chocante para um português tomar conhecimento, é que na Alemanha todos os licenciados desempregados recebem do estado um subsídio de 350€ independentemente de terem ou não contribuido para a segurança social, enquanto cá se tivermos o desespero de pedir o rendimento mínimo ainda somo insultados por sermos uns preguiçosos que não querem trabalhar (vulgo ser operador de call-center, caixa de hipermercado ou virar hamburgueres).

Mais, note-se que com a mesma situação a assolar o país a nossa comunicação social faz notícia da Alemanha e nem tenta-se perceber a situação nacional... claro, há que ter cuidado com os telhados de vidro.

Fonte > http://jornal.publico.clix.pt