muito peixe mesmo

Desenho Mangacurta.com - Há muito Peixe...?

Pois lá insisto em tentar pescar uma edição desta ilustração, mas desconfio que mais vale investir algum do dinheiro que vou ganhar este mês e montar o meu próprio negócio. Até ver, a esperança é a último cliché que todos gostamos de evocar...

Como de costume peço que avaliem e votem com justiça, mas como já regressou a onda dos "amiguismos" com a nova fornada e como não quero estragar o novo arranque, estou-me borrifando para continuar a fazer sermões a equídeos de raça teimosa :P

twitter

Como estava a começar a paginar um artigo sobre o Twitter achei boa ideia fazer um para perceber melhor o conceito e pelos vistos descobri um passatempo novo. LOL

Para os mais distraídos o Twitter é conhecido como um "micro-blog", basicamente uma página na web onde podemos escrever pequenas mensagens com 140 caracteres no máximo, à semelhança das SMS. A ideia é anotar pequenos pensamentos para partilharmos com amigos e família, partilhar links para sites interessantes, fazer pequenas perguntas que podem ou não ter resposta.

A parte interessante é que qualquer user com twitter pode seguir as nossas mensagens e responder a cada uma delas, quase como um chat em diferido. Ou então podemos bloquear a página apenas para ser vista por quem seleccionarmos. Tudo depende da atitude de cada um em relação às questões de privacidade :P

Além disso pode ser usado através de um telemóvel, através de acesso Web ou mesmo através de SMS's, mas ainda não sei se funciona cá em Portugal =X

http://twitter.com/menosketiago

PS: Podem também fazer como eu e usar a extensão do frefox, Twitbin, para seguir o vosso twitter numa barra lateral ao mesmo tempo que navegam ;)

red alert 3



Sou fã da série Command & Conquer desde o ínicio, aiás já seguia os jogos da Westwood Studios desde o Dune 2, que jogava com os amigos nos 386 e 486's e desde que soube que estava para sair o Red Alert 3 que estava em pulgas para jogá-lo, ainda mais porque já tinha deixado passar uns tantos títulos da série.

E devo dizer que não fiquei nada desapontado, bem pelo contrário, tenho o jogo há cerca de uma semana e já só me falta uma missão da URSS para acabar as 3 campanhas de single player. Gráficos do melhor, aliás ainda podiam ser melhores que os que posso ter com o meu computador, embora ele já não seja mau de todo (pelo menos correu o Crysis em qualidade média...) e um novo sistema de jogo em que colaboramos com um general controlado pelo pc ou com um amigo online. Mas acima de tudo adorei as sequências e vídeos dentro do jogo em imagem real em alta definição, com actores bastante conhecidos, que tornam o jogo muito imersivo.

O melhor de tudo é o Império do Sol Nascente, ou seja, podermos jogar pelos japoneses, com mechas de todos os tamanhos e o belo do sotaque sempre a bombar. Mas falar mais era estragar a surpresa ;)

visão link



Para não correr o risco de voltar a não escrever regularmente neste blog (não que seja algo extremamente importante mas a escrita é sempre um exercício de saúde e treino metal e deve por isso ser o mais regular possível), decidi que não passava de hoje sem dar novidades pessoais.

É sempre complicado definir o que falar ou não num blog e decidir que conteúdos são ou não para ser foco de um post, mas este é um espaço que não depende necessariamente da criação de informação e desde algum tempo que vejo este espaço como um diário gráfico/pessoal das minhas vivências e penso que da mesma forma como me interessa saber sobre os ofícios e bem estar das pessoas que conheço ou por quem nutro admiração, eventualmente o mesmo motivo terão alguns dos meus visitantes para visitarem este blog regularmente. Se estiver enganado façam favor de me pedir para falar só de coisas que interessem!

Seja como for, desde sexta-feira que estou novamente a trabalhar na Edimpresa (agora Impresa Publishing), no entanto além de ser apenas temporário desta vez, estou a trabalhar como designer/paginador na área editorial da Visão. Mais concretamente tenho estado a tratar directamente da revista Visão Link, sendo que ao contrário da experiência anterior onde raramente tinha oportunidades de ser criativo (estive no departamento de publicidade e infografia há dois anos, onde basicamente fazia controlo de qualidade e durante 4 meses lá pude fazer 2 ilustrações), desta vez tenho a sorte, por se tratar de uma revista recente (com apenas duas edições) e ainda não ter linha gráfica muito definida, de conceber novos layouts (dentro do estilo base claro) para os diferentes artigos.

Provavelmente vou ter de esperar pela saída da revista para poder mostrar alguns dos spreads em que tenho estado a trabalhar, até porque as imagens ainda têm de levar tratamento final antes de se embrulhar o "produto", mas não tenho problema nenhum em dizer que tenho algum orgulho em mostrá-las quer nos meus poisos online, quer para quem tiver a excelente ideia de comprar a revista (não por mim mas por interesse de a folhear, até pelo conteúdo bastante interessante).

Também ajuda trabalhar com directores de arte, como o Vasco Ferreira e o João Carlos Mendes, que incentivam um ambiente ligeiro mas ainda assim rigoroso e exigente. Ainda que só esteja a trabalhar nos próximos 15 dias (o que acaba por me incluir no precariado), tenho que lhes agradecer pela oportunidade, até porque já me deram mais hipóteses que muitas outras pessoas na mesma posição, que nem para entrevista me consideraram digno. E ainda mais porque teriam a fasquia alta pelo facto de o meu pai fazer parte da empresa há alguns anos, os suficientes para ser uma espécie de "lenda".

PS: É claro que houve o factor "cunha" envolvido mas não deixei de mostrar portfolio e não deixei de no 1º dia estar a fazer o trabalho dos outros sem paternalismos, é claro que mais lento mas isso também se deve a ter de trabalhar com o supra-sumo do over-rating que é um mac... ahhhh, que saudades tenho então, deste HPzinho que deixo todos os dias em casa!

boneco



Uma ilustraçãozita que estava em progresso há uns bons 3 ou 4 meses, apeteceu-me de repente acabá-la e ainda assim trabalhei nela toda a semana...

Testei algumas técnicas que não usava que aprendi através da observação do trabalho do Draco mas de resto é apenas uma melhoria do meu estilo habitual. Ah, os mais atentos podem olhar para a imagem de baixo e ver um toquezinho de Arthur de Pins, mas deixo-vos serem vocês a descobrir (não é nada difícil).



Podem comprar um print desta ilustração em:
http://www.deviantart.com/print/4559291

Tenho de pensar preços para as vender directamente...

história do anarquismo



Tenho de admitir que mesmo sendo um romântico defensor do que chamo "anarquismo ético", os meus conhecimentos em relação à história dos vários anarquismos e as especificidade de cada um, são manifestamente escassos, com alguma pena minha por isso reduzir a minha capacidade dialética em relação ao assunto.

Por isso é que quando vi à venda a História do Anarquismo de Jean Préposiet, editado pelas Edições 70, apenas o preço de quase 30€ me demoveu dessa acção. Fica na minha wishlist até que algum director criativo simpático decida ler com atenção o meu currículo, dar uma olhadela no portfolio e quem sabe contratar-me... como estamos perto do Natal pode ser uma boa prenda para a sua empresa (que modéstia hein?!).

Fica a sinopse:
A partir da análise das filosofias e correntes de pensamento que estão na origem do espírito libertário, Jean Préposiet apresenta-nos o primeiro quadro histórico completo dos anarquismos no Ocidente. Começa por traçar o percurso político e doutrinário dos pais fundadores – Proudhon, Stirner, Bakunine ou Malatesta –, analisa o papel desempenhado pelos anarquistas durante a Revolução Russa ou na guerra de Espanha, recorda aquilo que foram os atentados anarquistas em França na Belle-Èpoque, antes de explorar os avatares e as franjas da galáxia libertária: antimilitarismo e pacifismo, niilismo e terrorismo, anarco-sindicalismo, situacionismo, ecologia, antiglobalismo, etc., propostas que continuam a mover as nossas sociedades e que colocam a eterna questão da liberdade dos homens.

E podem ler aqui o primeiro capítulo:
http://www.edicoes70.pt/mall/70/Livros/prefacios/9789724413082-cap1.pdf

Para o pessoal pobre e desempregado como eu, sugiro que comecem por ler o Banqueiro Anarquista do Fernando Pessoa, que podem comprar entre 5€ e 11€ conforme a edição e a livraria.

segundo a visão...



Primeiro que tudo e talvez o factor mais importante após a leitura de todo o especial da Visão desta semana, não há uma única palavra em relação aos recém-licenciados no desemprego, aliás não há uma única palavra em relação aos jovens nesta situação, ponto final.

Tudo bem que os recém-licenciados são cerca de 47 mil num universo de 410 mil que consta na estatística apresentada e não defendo que sejam mais importantes que as outras faixas etárias e de formação, mas, enquanto que para pessoas que perdem o emprego têm direito a algo chamado "subsídio" e quem não consegue novo emprego por não ter formação pode formar-se (existindo cursos que até pagam despesas de custo), que apoios tem quem procura um primeiro emprego e já tem uma formação superior?

Talvez por isso, seja uma das faixas que precisa, pelo menos, de sentir que os media e o estado se preocupam com a situação? Não merecíamos alguma referência num especial sobre desemprego e alguns conselhos específicos?

Peço desculpa a quem já esteja farto de me ouvir falar sobre o assunto mas é realmente revoltante ver que para o país, os jovens portugueses não são ainda considerados gente e não merecem sequer ser mencionados, tal é a falta de relevo que temos.

Bem, seja como for e para quem interessar o artigo está online em:
http://aeiou.visao.pt/Actualidade/Economia/Pages/Sobreviveraodesemprego.aspx#

PS: Vou tentar não falar muito mais sobre este assunto, até porque sei bem que assim que muitos arranjam emprego esquecem-se do problema. Eu espero não me esquecer quando vier a minha hora mas pouco mais posso fazer além de falar sobre o assunto e como não têm havido comentários não parece que tenha sequer interessados em discutir a questão e fazer algo...

PS2: A sério, prometo que os próximos posts vão ser só sobre coisas com interesse ;)

o contrato social



Tenho, ao longo das últimas semanas, a crescer em mim o sentimento de que a sociedade portuguesa quebrou o contrato social que assinei com esta ao nascer. Não só o meu contrato foi quebrado mas sim o de largas centenas de jovens desta geração a que tão bacocamente chamaram de "rasca", que se encontram defraudados das expectativas, com as quais foram alimentados durante toda a sua existência.

Desde petizes que nós foi dado o xaropezinho dos estudos, com frases tão comuns e matracadas nas nossas infantes orelhas, como "tens que estudar para teres um bom trabalho" ou "sem estudos não vais ser ninguém na vida". E lá fomos alguns de nós na conversa e lá tiramos as nossas médias de acesso ao ensino superior, lá concluímos as licenciaturas e somos agora dotados de "canudo" e com direito a ser chamados de "doutores" por todos os que pensam que basta uma licenciatura para esse título. E ingenuamente pensámos que todos os nossos anos de esforço (estudo nuns casos e cábulas noutros) se veriam agora traduzidos num bom trabalho (que ninguém nesta geração acredita em emprego), pago justamente e que nos desse alguma satisfação profissional e intelectual.

Mas infelizmente as gerações anteriores decidiram quebrar unilateralmente o contrato e aquilo que foi prometido não é de todo cumprido. O que têm a sociedade portuguesa para oferecer aos seus recém-licenciados? Estágios não-remunerados, ou com despesas de custo, para aqueles que podem dar-se ao luxo de trabalhar sem receber. Parece que pela lógica os jovens têm habitação grátis e são excepções ao sistema capitalista, pois não necessitam de dinheiro para viver.

E os que não conseguem estar a trabalhar sem receber porque os pais não podem ou não querem subsidiar a sua vida? Ora vão para os call-centers, para as caixas de supermercado e outros postos não-qualificados, fazer companhia a quem nem o secundário quis ou pode acabar e doam metade dos seus salários às empresas que os sub-contratam, ficando muitas vezes com menos que o salário mínimo ao fim do mês.

Há medida que os meses passam esta sensação de incumprimento, torna-se mais aguda e cada vez mais me identifico com a famosa geração dos "vencidos da vida", talvez por estar a reler as obras do Eça mas também porque tenho neste momento a idade da maioria das suas personagens principais e chega a ser caricato como mais de um século depois, o Portugal novecentista é tão semelhante ao de hoje. Mas aquilo que mais me afronta é ausência nos media portugueses, de opiniões que refiram a situação de milhares jovens portugueses que têm o futuro em stand-by e nunca ter visto nenhum sociólogo a colocar a questão na sua forma mais básica, a de um contrato social por cumprir.

Em todas as teses mas em especial na de Rousseau, a sociedade existe para que na procura do bem comum cada membro veja a sua situação pessoal melhorada nesse mesmo bem e que a revolta devia ser a resposta perante o mais leve indício de tirania deve ser a revolta social. Pessoalmente estou a ficar cansado da "conspiração grisalha", estou farto de ser rotulado pelos dois algarismos da minha idade, sem que sejam vistos currículo ou portfolio, sem que seja avaliado o meu profissionalismo pela minha experiência efectiva.

Illustration Now!



O Illustration Now! tem agora uma edição dos 25 anos da Taschen, o que significa que passou de 30€ para os 10€ normais desta série nas livrarias ou 8€ se preferirem mandar vir pelo... nem mais, The Book Depository.

Escusado será dizer que já tenho a minha edição, aliás o Arthur des Pins foi uma descoberta através do livro.

Mais sobre o livro:
http://www.taschen.com

arte lisboa 08



De 19 a 24 de Novembro na FIL como é costume.

Se pedirem o cartão TOP V passam a ter direito à entrada sem limites de dias ou vezes em qualquer feira da FIL do vosso interesse. Além disso têm direito a uma entrada de acompanhante.

http://www.artelisboa.fil.pt

waste = food



Há uns meses falei aqui do livro Cradle to Cradle e da forma como as teorias nele expostas mudam completamente o paradigma da sustentabilidade e do impacto mínimo, em favor de um impacto positivo das actividades humanas no ecossistema.

O documentário Waste=Food, que estreou no Festival Sundance este ano, ilustra alguns dos exemplos concretos do trabalho de William McDonough e Michael Braungart, pela voz dos mesmos. Não "vale a pena ver", se forem designers, engenheiros ou estiverem ligados à indústria, TÊM de ver o documentário (está aqui à mão e tudo!), isto é, se quiserem apanhar a onda no seu início...

Em relação ao livro podem sempre mandar vir do
Book Depository.

Mais info:
http://www.letscradle.nl/
http://www.mcdonough.com/full.htm