um kindle de estimação





Sou feliz proprietário de um Kindle há um valente número de dias, facto que infelizmente para alguns dos hospedes que aqui passam por casa não lhes passou ao lado (tenho de admitir que para alguns será o equivalente "gadgético" dos slides de viagem).

Andei nos últimos meses a namorar a ideia de ter um entre se um tablet - um Creative Ziio 10, não um iPad, que isso e coisa para outras carteiras - para poder estar confortavelmente no sofá a escrever com companhia. Entretanto numa das minhas incontáveis visitas à Amazon, reparei que o preço do ultimo modelo de Kindle estava agora bem mais acessível que há algum tempo atrás, cerca de 100€ com Wi-Fi...

Ainda pensei que também há uma app Kindle para tablets Android mas há medida que fui lendo - principalmente sobre o facto de não cansar os olhos como um ecrã LCD - e descobri que também tinha um browser incluído acabei por decidir que era mesmo o que queria.

Chatice número 1 foi tentar fazer o check-out na Amazon inglesa e descobri que para clientes portugueses a encomenda teria de ser feita na loja americana, o que significou que acabei por ter de pagar cerca de 140€ com portes e taxa alfandegaria incluídas no preço. Felizmente 3 dias depois tinha em casa a bela da encomenda!

Abri a caixa liguei o dito cujo e percebi logo o porque das varias criticas que elogiavam a legibilidade do ecrã. De facto o ecrã e-ink chega a ser mais legível que uma pagina de um livro e usa um excelente tipo de letra serifado (há opção de uma sans), ao que podemos acrescentar a possibilidade de aumentar facilmente o tamanho de letra e a entrelinha (uso neste momento uma entrelinha que seria pouco viável num livro impresso).

Outra vantagem que o ecrã permite e uma enorme duração da bateria, quase duas semanas depois e com uso intensivo ainda não esgotou metade da capacidade a mesma, sendo que a Amazon promete ate 2 meses de leitura com o Wi-Fi desligado. Isto porque o ecrã apenas utiliza energia para fazer subir e descer pixeis em escala de cinza, ficando os mesmos sempre visíveis ate uma mudança de pagina.

Mas falando do que importa que são os livros, ao contrario do que seria de esperar nem todos os livros são mais baratos que a versão impressa, especialmente aqueles que tem edições paperback, e isso e ainda mais verdade na loja da Mediabooks (Leya) onde os eBooks custam o mesmo que as edições em papel. Desfaz-se assim a argumentação de que os livros são mais caros em Portugal porque o menor mercado permite menos dispersão nos custos da produção no preço final...

Mas ainda se encontram bons livros a um preço muito bom, especialmente pacotes com todos os livros de uma coleção pelo preço de apenas um deles - o primeiro que comprei foi a trilogia Mistborn do Brandon Sanderson - em formato tradicional e mais importante ainda encontram-se online milhares de livros gratuitos. Destaco especialmente o site Project Gutenberg, que reúne livros que caíram no domínio publico, de onde já pude retira Proudhon, Aristóteles, Marx e outros. Para estes e outros o Kindle permite marcar e partilhar nas redes sociais as passagens que queremos discutir com amigos ou para usar em artigos de blogue.

O teclado permite escrever com o mesmo conforto que num telemóvel com teclado qwerty, alias todo este artigo esta a ser escrito no mesmo, apenas vou usar o computador para acrescentar imagem e colocar caracteres portugueses. É esse o maior defeito do Kindle, não suportar nativamente um teclado latino e infelizmente ainda não existe jailbreak para o firmware do meu modelo para "hackar" essa funcionalidade.

Ate estou a usar este brinquedo para escrever um livro que tenho passado os últimos anos a refogar em lume muito baixo, graças a uma app de Notepad que comprei para ter um editor de texto mais avançado.

Concluindo, o Kindle parece-me ser o substituto perfeito do livro em papel, se ultrapassarmos o romantismo do papel e pensarmos que podemos ter milhares de livros sempre a mão sem termos de comprar uma casa só para albergar a nossa biblioteca - já tinha uma parede de 4 metros com um preenchimento alarmante tendo em conta a minha idade e hábitos de leitura - que e mais rápido ler sem o movimento virar a página que o aparelho e mais leve que a grande maioria dos livros,sedo assim fácil ler com uma só mão.

Para quem leia livros apenas em português não há para já especial vantagem económica, mas para quem já lia paperbacks ingleses haverá alguma poupança, especialmente nas colecções e nos livros gratuitos que assim deixam de significar uma dor de olhos e cabeça para lermos num monitor (tenho já os 4 volumes da saga Game of Thrones do George R. Martin em wishlist).

No entanto as editoras não têm de ter medo de desaparecer, pois além de poderem actualizar-se e editarem elas próprias e-books, o Kindle não substitui um bom álbum a cores, livros técnicos e outros que não sejam pura e simplesmente texto corrido e que peçam um maior tamanho. É para esses que fica o espaço restante das minhas prateleiras para os próximos anos, para um bom Taschen, um recomendado Tesouros do Artesanato Português ou um essencial Lisboa - 750 Anos de Capital.

game of thrones



Mais uma alerta de navegação para quem gosta de séries, Game of Thrones baseada na obra e co-escrita por George R. Martin, com excelentes actores entre os quais Sean Bean ( Boromir no Senhor dos Anéis) e Lena Headey (Sarah Connor na série do Extreminador).

Fantasia medieval sem a magia e criaturas fantásticas do costume (OK, há dragões, ou houve, ou vai haver... LOL).

Vale a pena verem o genérico também!

venham afinar velhinhas



Começam já amanhã os 3 dias d'A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria Afina Velhinhas em Benfica!, com 3 concertos surpresa (de músicos presentes no canal A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria) no Teatro Turim, na Estrada de Benfica junto à pastelaria O Nilo.

Os mais atentos decerto lembram-se do realizador homenageado neste evento, Tiago Pereira, do artigo que aqui escrevi sobre a Sinfonia Imaterial... pois bem, os 3 dias serão dedicados aos vários documentários deste realizador sobre a música nacional, e os bilhetes serão apenas de 3€ por cada dia, sendo que a "sinfonia" tocará no Domingo, no Auditório Carlos Paredes, no edífico da Junta de Freguesia de Benfica (é só seguir a Estrada Gomes Pereira vindos da estação de comboios).

Por isso apareçam que é uma boa oportunidade para apoiarem um excelente projecto... além disso fui eu que fiz todos os materiais de comunicação, incluindo a bela promo com a minha linda (cof, cof) voz :P


vw darkside



Depois da genial campanha Unlike Barbie a Greenpeace parece estar ao rubro na criatividade e lançou a campanha VW Darkside, que nos traz uma versão "mais completa" da publicidade da Volkswagen (que em Portugal levou um horrível separador final com dados de marketing que apenas abafam o efeito do anúncio).

A campanha apela que todos os activistas de sofá pressionem a marca alemã de automóveis, a parar de fazer lobby contra a redução na legislação europeia da emissão de gases, para passar a investir na produção de automóveis mais eficientes e a longo prazo sem recurso à gasolina.

Descubram em
http://www.vwdarkside.com