Amazon ataca nos tablets
Na Quarta-Feira passada a Amazon anunciou 3 novos Kindle, ou melhor 2 novos Kindle e um tablet ao qual deu o nome de Kindle Fire.
Digo isto desta forma porque o Kindle Fire é basicamente um tablet igual aos outros, que usa uma versão personalizada de Android, e não um e-reader baseado na tecnologia e-ink, ou seja, deixa de ser um substituto do livro em papel (sem lugar ao cansaço dos olhos e ao incómodo dos reflexos de ecrã).
Nesse sentido não há nenhuma inovação no anúncio da Amazon e provavelmente não seria alvo de notícia, não fosse a única característica revolucionária do Kindle Fire, um preço de arranque de 199$ (cerca de 150€) e a previsão de um futuro preço ainda menor.
E é através de um preço bem mais acessível para a esmagadora dos consumidores médios (e não de consumidores de elite para quem o preço não é um factor proibitivo), que temos provavelmente o mais perigoso concorrente à gigantesca quota da Apple no mercado dos tablets.
Este preço é conseguido não só pela ausência de uma câmara fotográfica e de um microfone (o que inviabiliza a videoconferência, mas quantas vezes o consumidor médio usa a mesma num tablet?) mas também pela mesma estratégia que a Apple usou na segunda fase do iPod, ou seja, aquilo que irá ser o foco do negócio serão os conteúdos e é através do lucro nos conteúdo que a Amazon consegue baixar o preço do Kindle Fire e é por isso que se a estratégia correr bem podemos espera um preço ainda menor, o que o torna um perigoso concorrente à hegemonia do iPad.
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