secura

Depois de 9 meses (que já tinham mais de 12 meses de final de licenciatura em cima) entre trabalhos precários e falta do mesmo e mesmo apesar de estar finalmente num trabalho minimamente estável e do qual estou a gostar bastante, a factura do cansaço está a sair cara na minha criatividade para consumo próprio.

Este mês que passou terá sido dos meses menos criativos (fora do trabalho) dos últimos anos e não tem sido por falta de ideias, mas sim por falta de vontade para ultrapassar o cansaço acumulado como sempre fui conseguindo. Somando ao calor insuportável que fez em Junho e à manifesta baixa forma física em que estou fruto da pseudo-depressão típica de um precário, tem custos elevados quando chego a casa ao fim do dia cheio de vontade de criar mas com energia insuficiente para o conseguir.

O apertar do cinto enquanto espero o primeiro salário também não ajuda e tudo junto manifesta-se numa secura criativa, óbvia para quem acompanha há algum tempo a minha regularidade como designer/ilustrador e blogger.

Estas palavras não servem como queixa, mas sim como uma exorcização do problema para que as coisas voltem ao meu normal pro-activismo, e como uma auto-promessa de que não irei deixar-me cair no torpor que afecta muitos colegas de profissão.

PS: Noutra nota fica um aviso à navegação que provavelmente e porque há cenários de futuro político que estão neste momento a preocupar-me (a mim que nunca manifestei uma opinião política até porque no meu âmago gostaria que o estado fosse desnecessário... não o é infelizmente), adivinham-se nos próximos tempos exercícios de opinião política da minha parte e espero que alguma discussão vá surgindo.

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