Tenho, nos últimos dias, tentado colocar a problemática do desemprego de jovens recém-licenciados num prisma economicista.
Apesar de não ter a certeza da correcção dos números, em 2005 a média de investimento anual com um aluno do ensino superior foi de 6.217€, o que significa que para uma licenciatura de 5 anos os contribuintes portugueses investiram 31.085€ por cada licenciado (fora o dinheiro que o próprio ou família investiram no pagamento de propinas, livros e materiais de estudo/trabalho).
Se tivermos em conta que actualmente existem mais do que 46.000 recém-licenciados no desemprego, isto significa que os portugueses investiram cerca de 1.429.910.000€ (quase mil e quinhentos milhões de euros!), que neste momento estão a ser deitados ao lixo, porque não se aproveita as qualificações destes indivíduos para aumentar proporcionalmente a geração de riqueza da nossa economia, o avanço científico e o progresso a todos os níveis de Portugal.
Não me interessa neste prisma causas e soluções do problema, qualquer pessoa de bom senso consegue perceber que é demasiado investimento para colocar estas pessoas em call-centers, caixas de supermercado e outros empregos, úteis e sem dúvida tão nobres como qualquer outro, mas não qualificados... Mesmo do ponto de vista do capitalista liberal esta situação não é justificável!
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