Quase todos aqueles que não fazem parte da classe dita alta, passam metade da sua vida a falar mal dos "ricos" e a outra metade a invejar a sua riqueza.
Quantos de nós, apesar de condenarmos a riqueza (excessiva) de alguns, alimentamos o desejo íntimo de virmos a ser ricos? Quantos já se desculparam desse desejo, dizendo que quando forem ricos vão ajudar muito os pobres?
O desejo de riqueza é a principal razão pela qual, a sociedade moderna ainda não conseguiu acabar com o flagelo da pobreza. Convém ter presente que se a sociedade existe para que, através da produção de todos, cada um tenha melhores possibilidades de sobrevivência e no final de contas qualidade de vida, se um elemento acumular demasiado está necessariamente a desviar a quota parte que era devida a outros. Produção é capital, e o capital surge como resultado do esforço da sociedade. Mesmo quem o "herda", já herdou de quem o tinha acumulado em prejuízo a gerações anteriores da sociedade.
Parte da solução para este problema é mentalizarmo-nos que ser rico, ou seja, querer ter mais do que nos cabe (invariavelmente com prejuízo para a restante sociedade) é eticamente errado e deve ser socialmente reprovável.
Isto não significa que não possamos acumular mais riqueza que os restantes membros da sociedade, mas essa riqueza deve ser fruto do nosso trabalho, esforço, iniciativa e dos riscos económicos que tomemos. Não do desvio legalmente camuflado ou mesmo ilegal, da quota parte dos outros.
É algo em que devemos todos pensar.
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ResponderEliminarExcelente perspectiva! Acho que ainda não tinha pensado em nada disto dessa forma...