esboçar sonhos
Esboço de personagens de uma ilustração que estou a criar para a peça O Mundo dos Sonhos, em produção pela Plano 6.
Mais brevemente!
marvel nipónica
O estúdio de animação Mad House está a adaptar duas das personagens míticas da Marvel, Wolverine e Iron Man, ao universo cultural japonês, com resultados muitos interessantes, quer a nível do estilo de desenho, como das novidades no design e história.
BlogConf inteira
O vídeo completo e sem cortes da BlogConf, se tiverem 3 horas para aprender o que é ser político profissional...
BlogConf
fonte > http://twitpic.com/photos/rgrilo
Antes de mais tenho pena de não poder dar os meus parabéns a toda a organização da primeira BlogConf que se realizou ontem na cantina da LXFactory em Lisboa, com o actual Primeiro-Ministro e candidato a novo mandato, José Sócrates. Não posso porque considero uma grande falha, a não transmissão ao vivo desta conferência como prometido, injustificável dadas as 3h e 40m que me parecem suficientes para resolver qualquer eventual problema técnico, ou pelo menos para arranjar uma alternativa para os twitters e outros seguirem a mesma, nem que de forma resumida.
O mais grave é a "twittosfera" de direita ter aproveitado esta falha para a estratégia já gasta de "soundbites" ou usando o termo mais nacional "bitaites", apontar esta falha ao PS e a JS a quem (não entendo como) a organização desta BlogConf foi conotada. Esta conferência não está em nenhum lado atribuída ao PS e tem como objectivo claro estender-se a todos os líderes políticos que concorrem a estas legislativas. Claro que já estamos todos (quem pensa com a sua cabeça e não com ideias feitas e jardinismos bacocos) mais que habituados a que a mínima centelha negativa com o nome de José Sócrates misturado, se transforma num fogo descontrolado... são dignos herdeiros do incendiário grego Heródoto.
Mas voltando ao que interessa, foram hoje disponibilizados os vídeos da mesma através do SAPO e para nos facilitar a vida o Ricardo Martins colocou a lista de vídeos por ordem cronológica no seu Troca o Passo.
Para os mais distraídos convém lembrar que a BlogConf, juntou 20 bloggers que se inscreveram para o efeito para colocarem perguntas a JS. E durante 3h e 40m foi isso que se passou, um diálogo saudável entre um político profissional e cidadãos das mais variadas orientações políticas, alguns que apoiam este governo e outros que podem ser justamente e sem remorsos, designados por "lojistas de política dos 300". Ainda assim tudo decorreu dentro de um clima de boa disposição e respeito, nada que se pareça com o "forrobodó" de manha, agressividade e ordinarice, que têm sido os debates quinzenais na Assembleia da República, inaugurados por este governo.
José Sócrates confirma mais uma vez uma capacidade dialética e preparação que não são de todo comuns entre a classe política nacional, com apenas uma folha A4 na frente e apoio esporádico dos assessores, respondeu de forma elegante e confiante a todas as perguntas, mostrando mais uma vez que faz os trabalhos de casa em vez de usar frases feitas e empregar estratégias políticas corriqueiras. Mais do que o charme que alguns twitters lhe foram atribuindo, penso que a palavra mais correcta para designar esta capacidade num político ou dirigente, é carisma... qualidade rara e que se pedia existir em todas as cores políticas, pelo menos por quem deseja a variedade política no nosso país, como algo que contribui para a melhoria da sociedade.
Importa também frisar que nestas respostas tivemos algo ainda menos comum, humor no debate político. Digo honestamente que me ri a bom rir várias vezes enquanto assistia às diferentes intervenções, com ponto alto na resposta a uma pergunta relativa às obras públicas... "devemos apostar mais em pequenas obras públicas, como as rotundas?! Voltámos à política das rotundas?"
A única altura em que houve problemas foi com a intervenção de Tiago Ramalho, do Afilhado e Jamais que tentou fazer uma chico-espertice ao falar de números estatísticos presentes na imprensa, citados de outro blogger afiliado ao PSD, sem ter a decência de fornecer os mesmos números e a fonte, para que fossem analisados e se tentasse responder de forma clara... números que mostravam uma confusão qualquer ao misturar o plano de avaliações da Função Pública, relativo aos funcionários não docentes do Ministério da Educação e a avaliação dos professores que corresponde a outro modelo, cujos dados não podem surgir misturados em nenhuma estatística. Ou seja, a velha manha que o PSD tem usado nos últimos anos, de lançar suspeitas para o ar, não importando a veracidade das mesmas... isto por parte dos auto-proclamados donos da verdade política em Portugal!
Houve pontos muito positivos que penso que darão frutos, em relação à melhoria da segurança online para as crianças e jovens abrangidos pelos programas e-Escolinhas e e-Escolas sugestão de Tito Morais, o alerta de Ana Martins para os cidadãos portadores de deficiência, em especial para o problema do autismo e o assumido chumbo do nuclear em favor da energias renováveis, em resposta à questão de Raquel Silva. Foi referida a intenção programática de criar um subsídio de desemprego para os jovens desempregados, um subsídio social para famílias trabalhadoras, que não reunem rendimentos que as coloquem acima do limiar de pobreza e outras que não me interessa referir, pois não sou nenhum "delegado de propaganda eleitoral".
Em conclusão, considero esta primeira BlogConf extremamente positiva e mais esclarecedora que os debates políticos desta campanha legislativa serão e é por isso que quero deixar aqui a minha expressa vontade para que esta conferência seja alargada a TODOS os líderes partidários e de movimentos que concorrem a estas eleições.
Estou extremamente curioso de ver uma prestação de Manuela Ferreira Leite, aliás estou à espera de perceber melhor as ideias desta, apesar de ter reticências a "arautos da verdade" e adeptos de "suspensões de democracia", que ainda por cima podem ser metaforicamente combinados numa Fátima do século XXI, que vem trazer a verdade aos fiéis portugueses. Percebo o desespero dos simpatizantes do PSD em criticar venenosamente e difamar esta organização por uma falha técnica, atitude justificada por um pânico motivado pela falta de confiança que têm na sua líder. Não se preocupem, Ferreira Leite se quiser terá uma boa prestação, que seja esclarecedora dos seus argumentos, ideias e ideais! Mas talvez seja esse o medo...
declaração de intenções
Como o prometido é devido, nada como aproveitar a BlogConf que decorreu ontem na LXFactory, para inaugurar no emoglobina o exercício de opinião política. E tirando a deixa de algumas intervenções feitas ontem, talvez seja positivo deixar desde já a minha própria Declaração de Intenções, de forma a terem de antemão a noção da cor política que defenderei nos próximos tempos.
Tenho sempre alguma reticência em revelar as minhas cores políticas, não por medo de represálias profissionais ou pessoais, como o que aflige as dezenas de anónimos que aproveitaram a minha denúncia da situação de "burla laboral", não dando a cara pela defesa dos seus direitos, mas mais pela paciência em lidar com uma sociedade que em pleno século XXI ainda se move por estereótipos e ideias feitas em relação a tudo, mas mais especialmente a algumas orientações políticas.
Já aqui deixei depreender que sou um defensor da anarquia, evito dizê-lo aos sete ventos pois aposto que neste momento, há muitos que acabam de formular o juízo de que sou pelo caos e desordem, características que a educação de massas quer colar a esta filosofia politica. Talvez fosse bom lembrar-vos que existem dezenas de "anarquias", sendo que algumas defendem a violência e a destruição do actual "sistema" como o anarco-terrorismo, havendo outras até que são amigas do neo-liberalismo (mais conhecido cá como direita liberal), ou melhor, estão na sua base como o anarco-capitalismo. Também existe anarquia de extrema esquerda, exemplo do anarco-sindicalismo.
Quem quiser saber mais sobre cada uma pode consultar a web ou ler o excelente "manual" que é a História do Anarquismo de Jean Proposiet editado no ano passado pela Edições 70.
Quanto a mim e ainda antes de ter um conhecimento mais elaborado das correntes filosóficas anarquistas, sempre me considerei um "moderado", estando muito próximo das concepções de anarco-socialismo de Proudhon, um dos primeiros anarquistas assumidos e autor do excelente O que é a Propriedade?
Esclarecido este ponto posso avançar que como qualquer anarquista moderado não acredito em "revoluções explosivas" mas sim no continuado abrir de mentes através da troca de argumentos e como tal desde sempre me considerei um cidadão pleno da República Portuguesa, com direitos e deveres. Assim desde que tenho o privilégio de exercer o meu direito de voto, o meu historial político esteve sempre no apoio ao Bloco de Equerda.
No entanto, ao longo dos últimos 4 anos as decisões políticas do Bloco afastarem-me progressivamente a vontade de continuar esse apoio, tendo esse afastamento sido agravado nos últimos meses com o afastamento de Sá Fernandes, apenas porque este passou a fazer parte do "poder" em vez de ser apenas do contra, tendo esta "pulsão"bloquista tornado-se clara com sucessivas declarações que mostram a não disponibilidade do Bloco de Esquerda ser governo, mesmo na (já não tanto) remota hipótese de reunir votos suficientes. O meu voto não é do contra, é sempre a favor de algo...
Ao mesmo tempo e apesar de como já disse não ter votado neste governo, a minha admiração por José Sócrates cresceu gradualmente e ainda mais exponencialmente com cada ataque político baixo desferido, com o grande auxílio dos media portugueses, que escuso de lembrar estarem na sua esmagadora maioria nas mão de assumidos simpatizantes da direita do nosso país (escuso falar de violadores(as) do Código Deontológico do Jornalismo que continuam impunes a acções da ordem).
Este meu apoio crescente e sem vergonhas já me brindou, com a boca foleira de uma ex-colega de trabalho que me acusou de "querer ir para a cama com o Sócrates", uma verdadeira pérola da infantilidade da parte de alguém que não vai votar, porque "eles são todos iguais" e que confrontada com as dezenas de escolhas entre partidos e movimentos cívicos, remata com o "não tenho tempo para andar a descobrir em quem vou votar".
Por isso, fica aqui bem claro o meu apoio a José Sócrates, que obviamente tornar-se-á claro em futuras intervenções neste blog. E atenção, voto em Sócrates e não no PS, porque para mim o que conta são as provas dadas e os argumentos apresentados, ainda mais por alguém que tem uma capacidade dialética raramente vista no nosso anoréctico cenário político.
Tenho sempre alguma reticência em revelar as minhas cores políticas, não por medo de represálias profissionais ou pessoais, como o que aflige as dezenas de anónimos que aproveitaram a minha denúncia da situação de "burla laboral", não dando a cara pela defesa dos seus direitos, mas mais pela paciência em lidar com uma sociedade que em pleno século XXI ainda se move por estereótipos e ideias feitas em relação a tudo, mas mais especialmente a algumas orientações políticas.
Já aqui deixei depreender que sou um defensor da anarquia, evito dizê-lo aos sete ventos pois aposto que neste momento, há muitos que acabam de formular o juízo de que sou pelo caos e desordem, características que a educação de massas quer colar a esta filosofia politica. Talvez fosse bom lembrar-vos que existem dezenas de "anarquias", sendo que algumas defendem a violência e a destruição do actual "sistema" como o anarco-terrorismo, havendo outras até que são amigas do neo-liberalismo (mais conhecido cá como direita liberal), ou melhor, estão na sua base como o anarco-capitalismo. Também existe anarquia de extrema esquerda, exemplo do anarco-sindicalismo.
Quem quiser saber mais sobre cada uma pode consultar a web ou ler o excelente "manual" que é a História do Anarquismo de Jean Proposiet editado no ano passado pela Edições 70.
Quanto a mim e ainda antes de ter um conhecimento mais elaborado das correntes filosóficas anarquistas, sempre me considerei um "moderado", estando muito próximo das concepções de anarco-socialismo de Proudhon, um dos primeiros anarquistas assumidos e autor do excelente O que é a Propriedade?
Esclarecido este ponto posso avançar que como qualquer anarquista moderado não acredito em "revoluções explosivas" mas sim no continuado abrir de mentes através da troca de argumentos e como tal desde sempre me considerei um cidadão pleno da República Portuguesa, com direitos e deveres. Assim desde que tenho o privilégio de exercer o meu direito de voto, o meu historial político esteve sempre no apoio ao Bloco de Equerda.
No entanto, ao longo dos últimos 4 anos as decisões políticas do Bloco afastarem-me progressivamente a vontade de continuar esse apoio, tendo esse afastamento sido agravado nos últimos meses com o afastamento de Sá Fernandes, apenas porque este passou a fazer parte do "poder" em vez de ser apenas do contra, tendo esta "pulsão"bloquista tornado-se clara com sucessivas declarações que mostram a não disponibilidade do Bloco de Esquerda ser governo, mesmo na (já não tanto) remota hipótese de reunir votos suficientes. O meu voto não é do contra, é sempre a favor de algo...
Ao mesmo tempo e apesar de como já disse não ter votado neste governo, a minha admiração por José Sócrates cresceu gradualmente e ainda mais exponencialmente com cada ataque político baixo desferido, com o grande auxílio dos media portugueses, que escuso de lembrar estarem na sua esmagadora maioria nas mão de assumidos simpatizantes da direita do nosso país (escuso falar de violadores(as) do Código Deontológico do Jornalismo que continuam impunes a acções da ordem).
Este meu apoio crescente e sem vergonhas já me brindou, com a boca foleira de uma ex-colega de trabalho que me acusou de "querer ir para a cama com o Sócrates", uma verdadeira pérola da infantilidade da parte de alguém que não vai votar, porque "eles são todos iguais" e que confrontada com as dezenas de escolhas entre partidos e movimentos cívicos, remata com o "não tenho tempo para andar a descobrir em quem vou votar".
Por isso, fica aqui bem claro o meu apoio a José Sócrates, que obviamente tornar-se-á claro em futuras intervenções neste blog. E atenção, voto em Sócrates e não no PS, porque para mim o que conta são as provas dadas e os argumentos apresentados, ainda mais por alguém que tem uma capacidade dialética raramente vista no nosso anoréctico cenário político.
Valkyria Chronicles
Além do jogo, com gráficos 3D que emulam um anime de estilo "aguarelado", a SEGA concebeu também um anime do seu título Valkyria Chronicles.
Ao contrário do que seria de esperar o anime é praticamente independente da experiência de jogo, concentrando-se mais nas personagens e no enredo.
A história passa-se num mundo alternativo que apesar do aspecto medieval da tecnologia já possui armas de fogo e tanques de alta mobilidade. Acompanhamos uma equipa da milícia que participa na luta contra uma invasão por um grane império, tornando-se conhecida por alcançar vitórias em batalhas nas quais o exército regular já havia sido derrotado.
Ao longo da primeira série são revelados alguns segredos e surpresas sobre alguns dos elementos deste esquadrão, que envolvem duas civilizações do passado envoltas em mistério. Uma delas evoca semelhanças com o êxodo judeu e ao longo da série são colocados os mesmos dilemas do genocídio nazi.
Resumidamente, além de um desenho muito moe há uma profundidade que à primeira impressão não esperava, o que o torna mais um dos animes recomendados, ainda em exibição no Japão.
Under Siege
Voltando a coisas mais alegres, a Seed Studios sediada no Porto vai lançar até ao final do ano o primeiro jogo 100% português para a Playstation 3.
Under Siege é um jogo de estratégia em tempo-real, passado num mundo de fantasia medieval e pelo vídeo bastante bem produzido graficamente (sendo provável que ainda melhore mais na versão final). Fica para saber qual será a jogabilidade e o enredo, claro.
O jogo irá sair apenas na loja online da Playstation de forma a apresentar um preço bem menor, que aquele que seria praticado por um jogo em caixa. Se já tiver PS3 nessa altura do campeonato podem contar com um comprador, nem que seja só para os apoiar!
Mais info
http://www.undersiegegame.com
Provedoria atacada?
Fui contactado ao fim da noite pelo mail provedordoprecariado[at]gmail, que afirmava ser o autor do site http://www.provedoriadoprecariado.blogspot.com, sendo que me avisava que o mesmo teria sido atacado por alguém mal intencionado que apagou os materiais já presentes neste.
Felizmente segundo o próprio o ataque limitou-se ao blog pelo que este decidiu criar novo endereço em http://www.provedordoprecariado.blogspot.com ainda hoje, tendo-me assegurado que iria reforçar as defesas das contas até ao limite do possível.
NOTA
O blog da Provedoria do Precariado parece estar de novo online e desta vez parecem ter acordado. Parabéns pela iniciativa!
Felizmente segundo o próprio o ataque limitou-se ao blog pelo que este decidiu criar novo endereço em http://www.provedordoprecariado.blogspot.com ainda hoje, tendo-me assegurado que iria reforçar as defesas das contas até ao limite do possível.
NOTA
O blog da Provedoria do Precariado parece estar de novo online e desta vez parecem ter acordado. Parabéns pela iniciativa!
manual de sobrevivência
O que fazer quando a nossa entidade patronal nos engana ou não cumpre todas as suas obrigações legais?
Poderia ser esta a pergunta à qual a descrição que vou fazer das minhas acções no dia de hoje responderá... mas antes de tudo façam um favor a vocês próprios e leiam o Código do Trabalho no site do Ministério do Trabalho e da Segurança Social > http://www.mtss.gov.pt/tpl_intro_destaque.asp?283
Assim e no seguimento da situação de falso estágio que ontem expus, eu e o Márcio Godinho dirigimos-nos a uma Loja do Cidadão para apresentar queixa no balcão da Autoridade para as Condições de Trabalho (conhecida como ACT ). Neste balcão e ao contrário daquilo que disse ontem acerca de se tratar de trabalho não declarado, fomos informados que juridicamente aquilo que aconteceu foi um contrato verbal de trabalho sem termo, sendo que teríamos direito de invocar o não cumprimento de vários pontos previstos nesse tipo de contrato.
Primeiro que tudo, exigência da remuneração das funções desempenhadas para a empresa, mas também do pagamento à Segurança Social das contribuições obrigatórias e das contribuições para as Finanças.
Mas tendo sido a nossa demissão motivada por incumprimento deste ponto, com a agravante de terem sido postos em causa vários artigos do Código do Trabalho, nomeadamente do artigo 26º onde se prevê o assédio moral com o intuito de diminuir e humilhar o trabalhador, através da criação de um clima de hostilidade e intimidação (que visou impedir que questionássemos a ausência do pagamento de salário ou de qualquer contrato de estágio e manter-nos de "rédea curta").
Mais, fomos levados a acreditar desde a primeira entrevista, que os anteriores estagiários teriam sido "despedidos" por incumprimento dos horários e obrigações, quando na realidade estes anularam o contrato apresentado queixa por não pagamento das suas bolsas de estágio. Isto com o nítido objectivo de aproveitar qualquer atraso mesmo justificado como forma de nos intimidar e justificar moralmente o não pagamento de "ajudas de custo" e impedir-nos de questionar sobre o andamento do processo de estágio.
Mas voltando à ACT, procedemos à oficialização da queixa reportando os factos que víamos justificar a mesma. A este nível tudo arrumado e a empresa será alvo de inspecções mais tarde ou mais cedo.
A acção seguinte a tomar foi escrever e enviar por correio registado com aviso de recepção, uma Carta de Demissão de forma a oficializar a rescisão do contrato, sendo que por estarmos abrangidos pelo período de experiência, a rescisão seria sempre com justa causa e não tínhamos obrigação de pré-aviso ou de "dar dias à casa" como se diz na gíria. Isto agravado pelas restantes violações do código do trabalho.
Após esta acção há duas hipóteses, ou contratam um advogado pelos vossos meios próprios, ou pedem à Segurança Social que vos forneça protecção jurídica, que poderá ser gratuita, comparticipada ou "emprestada" (através do pagamento faseado das custas judiciais), conforme as vossas possibilidades económicas. O objectivo é interpor uma acção cível no Tribunal de Trabalho, de forma a garantir o cumprimento das obrigações da entidade empregadora e exigir uma indemnização que corresponde a 3x a remuneração mensal.
Como podem imaginar por hoje só consegui chegar a esta etapa, mas podem facilmente perceber que da mesma forma como tenho o direito de levar o meu caso a tribunal mesmo sem contrato assinado, também vocês podem fazer valor os vossos direitos. Afinal estão desempregados e tempo para estas burocracias não vos falta, só precisam da paciência para as filas de espera e a preserverância para levarem o processo até ao fim!
Além disso podem imitar-me e expor os vossos casos publicamente, porque não há em Portugal por mais desonesta que seja, pessoa ou empresa que goste de aparecer em listas de devedores e de notícias relacionadas com ilegalidades que metam o seu nome. Para esse efeito parece ter havido alguém que recentemente criou um blog para denunciarem estas situações e criar uma lista negra do incumprimento laboral em Portugal.
http://provedordoprecariado.blogspot.com
PS: Segundo me foi dito, este blogue estará activo brevemente e o meu caso será um dos primeiros a ser lá colocado!
Poderia ser esta a pergunta à qual a descrição que vou fazer das minhas acções no dia de hoje responderá... mas antes de tudo façam um favor a vocês próprios e leiam o Código do Trabalho no site do Ministério do Trabalho e da Segurança Social > http://www.mtss.gov.pt/tpl_intro_destaque.asp?283
Assim e no seguimento da situação de falso estágio que ontem expus, eu e o Márcio Godinho dirigimos-nos a uma Loja do Cidadão para apresentar queixa no balcão da Autoridade para as Condições de Trabalho (conhecida como ACT ). Neste balcão e ao contrário daquilo que disse ontem acerca de se tratar de trabalho não declarado, fomos informados que juridicamente aquilo que aconteceu foi um contrato verbal de trabalho sem termo, sendo que teríamos direito de invocar o não cumprimento de vários pontos previstos nesse tipo de contrato.
Primeiro que tudo, exigência da remuneração das funções desempenhadas para a empresa, mas também do pagamento à Segurança Social das contribuições obrigatórias e das contribuições para as Finanças.
Mas tendo sido a nossa demissão motivada por incumprimento deste ponto, com a agravante de terem sido postos em causa vários artigos do Código do Trabalho, nomeadamente do artigo 26º onde se prevê o assédio moral com o intuito de diminuir e humilhar o trabalhador, através da criação de um clima de hostilidade e intimidação (que visou impedir que questionássemos a ausência do pagamento de salário ou de qualquer contrato de estágio e manter-nos de "rédea curta").
Mais, fomos levados a acreditar desde a primeira entrevista, que os anteriores estagiários teriam sido "despedidos" por incumprimento dos horários e obrigações, quando na realidade estes anularam o contrato apresentado queixa por não pagamento das suas bolsas de estágio. Isto com o nítido objectivo de aproveitar qualquer atraso mesmo justificado como forma de nos intimidar e justificar moralmente o não pagamento de "ajudas de custo" e impedir-nos de questionar sobre o andamento do processo de estágio.
Mas voltando à ACT, procedemos à oficialização da queixa reportando os factos que víamos justificar a mesma. A este nível tudo arrumado e a empresa será alvo de inspecções mais tarde ou mais cedo.
A acção seguinte a tomar foi escrever e enviar por correio registado com aviso de recepção, uma Carta de Demissão de forma a oficializar a rescisão do contrato, sendo que por estarmos abrangidos pelo período de experiência, a rescisão seria sempre com justa causa e não tínhamos obrigação de pré-aviso ou de "dar dias à casa" como se diz na gíria. Isto agravado pelas restantes violações do código do trabalho.
Após esta acção há duas hipóteses, ou contratam um advogado pelos vossos meios próprios, ou pedem à Segurança Social que vos forneça protecção jurídica, que poderá ser gratuita, comparticipada ou "emprestada" (através do pagamento faseado das custas judiciais), conforme as vossas possibilidades económicas. O objectivo é interpor uma acção cível no Tribunal de Trabalho, de forma a garantir o cumprimento das obrigações da entidade empregadora e exigir uma indemnização que corresponde a 3x a remuneração mensal.
Como podem imaginar por hoje só consegui chegar a esta etapa, mas podem facilmente perceber que da mesma forma como tenho o direito de levar o meu caso a tribunal mesmo sem contrato assinado, também vocês podem fazer valor os vossos direitos. Afinal estão desempregados e tempo para estas burocracias não vos falta, só precisam da paciência para as filas de espera e a preserverância para levarem o processo até ao fim!
Além disso podem imitar-me e expor os vossos casos publicamente, porque não há em Portugal por mais desonesta que seja, pessoa ou empresa que goste de aparecer em listas de devedores e de notícias relacionadas com ilegalidades que metam o seu nome. Para esse efeito parece ter havido alguém que recentemente criou um blog para denunciarem estas situações e criar uma lista negra do incumprimento laboral em Portugal.
http://provedordoprecariado.blogspot.com
PS: Segundo me foi dito, este blogue estará activo brevemente e o meu caso será um dos primeiros a ser lá colocado!
capítulos anteriores
No seguimento dos vários comentários ontem enviados para o artigo sobre a Companhia das Letras, foram-me indicadas várias notícias de há alguns meses atrás que lançavam suspeitas sobre a nomeação e posterior demissão do senhor João Oliveira, para Director de Comunicação da CP.
Não sendo jornalista, nem fazendo pretensões de o intentar ser passo, exponho a minha interpretação dos factos noticiados.
O senhor João Oliveira terá sido nomeado para Director de Comunicação da CP em Novembro de 2008 (até aqui nada de mal), sendo que após este facto vários jornais alertaram para o facto do mesmo ser director das empresas Excess Publicidade e Companhia das Letras, que nos dez últimos anos teriam prestado serviços de comunicação à CP no valor de 69 mil euros.
De forma a não ser acusado de conflito de interesses, terá nessa altura renunciado à função de director das empresas mencionadas e à sua quota de sócio. No entanto, essas funções foram incumbidas à sua mulher e filha, ou seja, mantidas dentro do seu controlo.
Explico de uma forma mais simples, o senhor João Oliveira enquanto principal prestador de serviços da CP, foi nomeado para comandar exactamente o cargo a quem competia decidir a empresa à qual a CP pedia a prestação desses serviços. Ao mesmo tempo que manteve uma ligação à empresa e que, passo a citar o próprio em declarações ao 24 Horas, "não via razões para que as duas firmas da família deixassem de fornecer a CP". Noutras palavras, monopólio!
Confrontado com as notícias e após a abertura de um inquérito pelo ministro Mário Lino, foi obrigado a demitir-se do cargo de forma a evitar processos.
Não satisfeito com a fuga à razia, parece ter nos meses seguintes aceite 2 estagiários pelo IEFP, que denunciaram o contrato de estágio por falta de pagamento da bolsa e em Maio deste ano, decide repetir a proeza com 3 novos estagiários, Márcio Godinho, Tiago Almeida (eu próprio) e um terceiro colega que prefere manter o anonimato, sendo que desta vez nem existia qualquer contrato celebrado com o Centro de Emprego.
Fontes:
IOL
Jornal de Notícias
Página 15 do 24 Horas
sindroma do pinóquio
Quando já não acreditava ser possível ser (mais) enganado pelo "síndroma do pinóquio" que assola as empresas portuguesas, vejo-me envolvido numa situação que nunca pensei possível...
A história conta-se assim... entrei no dia 20 de Maio na Companhia das Letras, logo após uma entrevista na qual me foi apresentado um projecto que julguei interessante e profissionalmente estimulante e durante a qual informei que já tinha sido enganado com uma situação relativa aos estágios do IEFP, sendo que aliás eles denotaram que leram um artigo neste blog onde denunciava um estágio ilegal no Carga de Trabalhos...
Ora este projecto é a revista Shiu!, uma revista feminina gratuita que saiu sexta-feira na net e estará hoje disponível nas lojas Pingo Doce e Sephora de todo o país. Projecto no qual desde o inicio dei tudo o que tinha, criei um site em tempo recorde, um blogue que actualizava várias vezes por semana, uma conta no twitter que a esta data tem 500 seguidores (para uma revista que ainda nem sequer tinha saído!), uma edição online com motor flip que mete inveja a muitos equipas de web-designers (onde podemos virar as páginas com o rato), ainda tratei imagens (reconstrução e limpeza em Photoshop) e paginei a revista, sendo que inclusive a capa com o logo atrás do cabelo foi feita por mim em Illustrator (o que não sendo nada do outro mundo mostra o grau de participação no projecto). Ainda fiz projectos de design de interiores para uma suposta loja de marketing directo com apoio do IKEA e para a qual estava a preparar-me para ainda tirar tempo de lazer para fazer infografias 3D para a edição de Agosto da revista.
Ora com esta descrição de trabalho provavelmente estão a pensar que ganhei um bom salário, ou que como era suposto entrar num estágio INOV de 12 meses a ganhar cerca de 918€ por mês compensaria o mês que dei à casa... ora ai é que está o engano!
De facto sexta-feira decidi que não iria mais trabalhar na Shiu!, ou melhor, na Companhia das Letras que detém a revista (deterá? estará legal na ERC?). Isto porque após 1 semana de fecho da revista em que estive praticamente todos os dias para lá das 20h e 30m na empresa, nesta sexta devido a um problema de trânsito na zona da Buraca o meu autocarro atrasou-se 20m, tendo chegado ao trabalho 30m depois da hora de entrada, fui chamado ao gabinete e não só injustificadamente repreendido (por um atraso do qual não fui responsável), pessoalmente insultado e posto em causa o meu profissionalismo. Isto depois de mês e meio em que eu e os 2 "candidatos a estágio" vivemos um constante assédio moral, clima de agressividade e intimidação, insultos e rebaixamento, apesar de termos desde o primeiro dia gratuitamente, dado o nosso melhor para o sucesso do projecto.
Inclusive a três dias da data de fecho da revista, o sr. João Oliveira director da Companhia das Letras e da agência de publicidade Excess (para a qual também estávamos a trabalhar na prática), obrigou-nos a sermos entrevistados em vídeo e a montar posteriormente essas entrevistas para que fossem apresentadas como trabalho do próprio na sua faculdade.
No decurso da mesma fui humilhado perante os espectadores das ditas entrevistas, ao no final da mesma, a minha intervenção ter sido descontextualizada para que o dito senhor fizesse uma piada à minha custa (e sobre a qual obviamente não tive direito de resposta) fazendo passar como minha ideia pessoal um conceito de uniformização e controlo de conteúdos tipo revolução cultural chinesa, quando as minhas palavras foram acerca de aglomeração de conteúdos, em sites únicos cujo exemplo é o recém anunciado Google Wave. E isto após ter tentado abafar a minha opinião em relação aos direitos de autor que me foi pedida no âmbito dessa conversa. Ou seja, a intenção foi passar a terceiros a ideia de que eu era um "tontinho" que defendia coisas "tontinhas" e que ele era o inteligente e conhecedor das TI.
Este é apenas um exemplo de situações "bizarras" a que eu e os meus colegas fomos expostos, mas o mais grave é que como decidi sair da empresa por iniciativa própria e como segundo o próprio o processo de estágio estaria em andamento (tendo sido enviados os meus papéis), tive de contactar o Centro de Emprego da Amadora para saber o que podia fazer e apresentar queixa contra esta empresa, pois o regulamento destes estágios não permite que os candidatos estejam a trabalhar na mesma antes da data do início do dito e dessa forma cancelar o estágio não por desistência (porque perderia o direito a futuros estágios do IEFP) mas por irregularidades da entidade que dele ia usufruir...
Tal não é a minha surpresa, quando fui informado que a empresa Companhia das Letras se encontrava em lista negra do IEFP, pois tinham queixas pendentes de dois estagiários que se queixavam de assédio e de não pagamento das bolsas de estágio! Mais esta empresa, que me deu a mim e aos meus colegas garantia que o estágio tinha sido aprovado e começado dia 1 deste mês, faltando apenas o contrato para regularização do mesmo, afinal não estava com nenhum processo aprovado, pois estava proibida de ter apoios do IEFP até à resolução das queixas citadas.
Em jeito de conclusão, estive um mês e meio a pagar para trabalhar (120€ em alimentação e transportes), a engolir sapos e ser rebaixado e além de me terem mentido e enganado com falsas promessas e em plena consciência deste engano, ainda tiveram a lata de questionar o meu profissionalismo por ter chegado 2 ou 3 vezes atrasado em mês e meio (sempre com justificação) do qual não estava a receber salário e a ser acusado de não cumprir com as minhas obrigações, quando este senhor não tencionava pagar-me pois certamente não iria desembolsar 918€ do seu bolso!? HÁ LIMITES PARA A FALTA DE VERGONHA!
E fica informado o senhor João Oliveira que irei fazer tudo ao meu alcance para que me seja retribuído o valor do meu trabalho em remuneração e para que mais ninguém seja vítima da sua falta de profissionalismo e capacidades de sociabilização! Já nem falo da indemnização a que tenho direito segundo o artigo 26º do Código do Trabalho, no entanto se a nível da ACT apenas posso fazer uma queixa por trabalho não declarado, posso muito bem levar a queixa de trabalho não remunerado ao Tribunal de Trabalho, com a agravante do assédio e danos morais.
Peço-vos que me ajudem a denunciar esta situação, divulgando este post! E não tenham medo de fazer o mesmo! Até para que não haja mais "estagiários" a entrar nesta empresa para sofrerem semelhante sorte!
Shiu! 01
Já está online o primeiro número da revista Shiu! utilizando o prometido flip-book para leitura. Nesta edição o meu trabalho foi mais online sendo que apenas concebi a capa e paginei algumas páginas, entre as quais os spreads da produção de moda.
Segunda-feira já devem encontrar a revista nas lojas Pingo Doce e Sephora um pouco por todo o país e haverá notícias "bombásticas" para partilhar convosco.
http://www.shiu.pt
claymore
Encontrei esta série quando estava em busca de animes com zombies e embora as recomendações tenham sido claras em dizer que não era de mortos-vivos, também eram unânimes em relação à qualidade desta animação.
A história é passada num mundo medieval, onde a humanidade vive amedrontada com os Yomas, demónios que têm um apetite por entranhas e que conseguem metamorfosear-se em humanos, de forma a não serem detectados pelas presas. No decorrer da série acompanhamos Clare, membro de uma casta de guerreiras cuja função é exterminar os demónios, no entanto as Claymore são na realidade meio humanas, meio Yoma o que as leva a serem quase tão temidas como as criaturas que exterminam.
É este o mote, no entanto após 3 noites intensivas e 26 episódios fiquei abismado pela forma como a história tem voltas e reviravoltas que seriam impensáveis numa história ocidental (com a tendência para o happy ending). O senão é o estilo de desenho, que demora um pouco a entranhar mas a qualidade é inegável e torna-se cada vez mais complexa com cada novo episódio.
Mas nada como ver a abertura para ter uma ideia!
mais manara
Na sequência do post de ontem encontrei uma mini-série animada com o selo do Manara que passou na fox.
Para verem todos os episódios visitem o youtube ou então esperem pela lista no final ;D
manara animado
No meio de mais uma busca por nomes desconhecidos (para mim) de pin-up art descobri esta pequena publicidade que anima o traço do conhecidíssimo Milo Manara.
A animação não é 5 estrelas, o conceito é 100% cliché mas ainda assim é sempre diferente ver algo, que só conhecemos em desenho estático, ganhar alguma vida e sinceramente é sempre bom apreciar as "personagens" deste senhor.
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